A Cooperativa Agroindustrial Lar cumpriu nesta terça-feira, 25, a determinação da juíza Tatiane Raquel Bastos Buquera e publicou carta e nota nas suas plataformas digitais e se retratou do assédio eleitoral feito aos 25 mil trabalhadores da empresa. A Justiça do Trabalho acatou 10 denúncias que acusaram a cooperativa e seu diretor-presidente, Irineo Rodrigues, de assédio, coação e ameaças aos seus empregados para votar em 30 de outubro no candidato Jair Bolsonaro (PL). Em qualquer descumprimento das determinações, a Lar pagará multa diária de R$ 200 mil.
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A Justiça do Trabalho proibiu ainda a cooperativa, entre seis pontos, de veicular propaganda político-partidária em comunicados dirigidos aos seus empregados no âmbito da relação de emprego, bem como em sítios da internet ou redes sociais vinculados ou mantidos pela empregadora, excetuados os perfis particulares de pessoas naturais.
“Eu, Irineo da Costa Rodrigues, Diretor-Presidente da Cooperativa Agroindustrial Lar, venho, por meio desta, em cumprimento à decisão liminar proferida pela Justiça do Trabalho (…) registro que, enquanto dirigente da cooperativa referida, compartilho do entendimento de que a liberdade de consciência, convicção política ou filosófica, a intimidade e a vida privada são direitos fundamentais assegurados a homens e mulheres”, diz trecho da carta assinada por Rodrigues divulgada aos trabalhadores da empresa e postada no sítio eletrônico da empresa.
Nas redes sociais, a cooperativa postou a seguinte nota determinada pela Justiça: “A Cooperativa Agroindustrial Lar apoia e promove a liberdade de consciência,convicção política ou filosófica, a intimidade, a vida privada e repudia qualquer forma de coação oudiscriminação por opinião política de seus empregados”.
A Lar também está proibida de ameaçar, constranger ou orientar pessoas que possuem relação de trabalho com a cooperativa (empregados, terceirizados, estagiários, aprendizes, entre outros)a votar em determinado candidato nas eleições.
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