Deputados garantem apoio ao novo piso regional proposto por Requião
Líderes do Governo, do PMDB, do PSDB e deputados do PT na Assembléia Legislativa garantem apoio ao projeto que reajusta o salário mínimo regional do Paraná que deve ser fixado nas faixas de R$ 462,00 e R$ 475,00. Projeto será enviado pelo governador Roberto Requião nos próximos e será debatido com as centrais sindicais
Os deputados Luiz Cláudio Romanelli e Waldyr Pugliesi, líderes do Governo e do PMDB na Assembléia Legislativa (AL), garantiram nesta quarta-feira (21) apoio integral da bancada governista na aprovação do novo Piso Mínimo Regional do Paraná. O projeto será enviado pelo governador Roberto Requião nos próximos dias à AL. A proposta fixa o salário mínimo do Estado entre R$ 462,00 e R$ 475,00 – dependendo do enquadramento das categorias profissionais, quadro elaborado pelo Ipardes com base na Classificação Brasileira de Ocupações (CBO) do Ministério do Trabalho.
O Paraná é o terceiro estado brasileiro, junto ao Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro, a criar um piso mínimo regional, conforme prevê a Constituição Federal. O valor diferenciado (25% a mais que o salário mínimo do país) é específico aos trabalhadores sem amparo de acordo coletivo ou convenção do trabalho e foi implantado em maio do ano passado por Requião.
O novo valor, acordado junto às centrais trabalhistas (8% a mais que do ano passado), entrará em vigor em 1º de maio. “Tenho certeza absoluta que a base do governo vai dar respaldo integral a este projeto e nós teremos certamente a lei salarial mais avançada deste país”, declarou Romanelli após encontro com o secretário estadual do Trabalho, Nelson Garcia, e representantes das centrais sindicais no Palácio Iguaçu.
“Este projeto vai na direção daquilo que foi dito pelo governador, que se pauta na defesa dos interesses da população e dos trabalhadores para superar as desigualdades sociais”, disse.
Waldyr Pugliesi, líder do PMDB, disse que a nova rodada de discussões do piso regional vai ajudar a aperfeiçoar a lei e evitar argumentos contrários de entidades patronais. “Não tenho dúvida que, quando o governador Requião fala que o Paraná tem um governo de esquerda. Esquerda é isso, ouvir os trabalhadores”.
Acompanhamento – As centrais sindicais vão criar uma câmara técnica para acompanhar a tramitação do projeto na Assembléia. Segundo Roni Andrade Barbosa, representante da CUT (Central Único dos Trabalhadores), o grupo vai fazer o debate da importância da aprovação do projeto. O presidente da Força Sindical, Núncio Manala, disse que o piso regional do Paraná tem garantido avanços para o movimento sindical no momento das negociações da data-base. “O valor serve como base para negociação com a patronal”, destacou.
O encontro no Palácio Iguaçu, coordenado por Nelson Garcia, contou com presença dos deputados Péricles de Mello (PT), Professor Luizão (PT) e Luis Nishimori, líder do PSDB. Participaram ainda da reunião o presidente do Ipardes José Moraes Neto, do secretário especial de Assuntos Estratégicos Nizan Pereira e representantes da Nova Central Sindical, CGT (Central Geral dos Trabalhadores), CFT (Coordenação das Federações de Trabalhadores) e SDF (Social Democracia Sindical).
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