Deputados de vários partidos se uniram contra a tentativa do PT de usar a Assembleia Legislativa para campanha eleitoral e por 34 votos a 9, impediram a manobra do petista Tadeu Veneri de aprovar requerimento convidando o secretário de Infraestrutura, Pepe Richa, para explicar acusações infundadas publicadas pela revista Isto É.
Ney Leprevost, do PSD, disse que os petistas tentaram montar um circo eleitoral no legislativo. “Querem trazer o secretário Pepe para lotar as galerias de defensores de mensaleiros sem credibilidade. Não vamos permitir esse joguinho sujo”, avisou. Leprevost defendeu que os deputados deveriam é cobrar da Justiça e da polícia providências para punir quem difamou o secretário. “Temos na política muitos criminosos que difamam, caluniam e faltam com a verdade. Essa Casa não pode se prestar a esse papel”.
O líder do PMDB, Nereu Moura, orientou a bancada a votar contra o requerimento de Veneri porque o Legislativo não poderia se pautar por uma matéria de revista. “Acho injusto e não há nada que comprove as denúncias. Não podemos neste ano eleitoral sair por aí convocando autoridades com base em reportagens sem provas”, disse Nereu Moura.
Artagão Junior (PMDB) afirmou que não existe vídeo, gravação, documentos, nada que comprove a denúncia “artificial e sem consistência”. Para ele, a acusação é leviana e não tem qualquer comprovação. “Temos que ter bom senso e equilíbrio para não cair no descrédito. Se formos investigar cada cidadão que fizer uma afirmação sobre figura pública não teremos nem tempo para discutir os projetos que interessam ao Paraná”, ponderou Artagão.
Com a orientação do líder do governo, Ademar Traiano (PSDB), o requerimento foi derrubado. “É uma denúncia que não merece nenhuma credibilidade porque vem de uma mulher que tem 3 CPFs diferentes e está sendo investigada pela Polícia Federal. Está claro que foi movida por interesses políticos eleitoreiros”, disse Traiano. O próprio secretário Pepe Richa, segundo o deputado, já procurou o Ministério Público para pedir uma apuração rigorosa do caso e está ingressando com processos judiciais contra a revista e contra quem fez a denúncia.
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