Mesmo depois do PT descer a borduna em Eduardo Campos (PSB), chamado-o de “playboy” e “oportunista”, a presidente Dilma e seus auxiliares não pretendem fechar todas as portas. Segundo o jornal Valor Econômico, a ideia é deixar espaços, na reforma ministerial, que possam abrigar Campos e seu grupo político na hipótese de a eleição presidencial de outubro exigir a realização de segundo turno com Aécio Neves (PSDB).
Os aliados da presidente consideram a “solução caseira” mais sensata porque, se Dilma tiver de enfrentar um segundo turno com o PSDB, por exemplo, terá instrumentos para negociar o apoio de Campos. É uma hipótese a cada dia mais distante, devido ao recrudescimento dos ataques entre as duas siglas.
Auxiliares da presidente, no entanto, contam com o pragmatismo de Campos: a troco de que o governador apoiaria o senador Aécio Neves (PSDB), quando isso significa que ele estaria jogando suas fichas em seu principal concorrente em 2018? Se Dilma for para o segundo turno com o PSDB, acredita-se no entorno da presidente que “o PSB ganhará uma importância extraordinária, a própria Marina Silva”. Por outro lado, “se já queima agora (as vagas no ministério), você se priva de um instrumento que amanhã pode ser importante”. Segundo o auxiliar, o PT não pode entrar num jogo pensando só na vitória em primeiro turno e ser surpreendido, mais adiante, com um cenário de dois turnos.
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