Por Karlos Kohlbach e Vitor Geron, na Gazeta do Povo:
O deputado estadual Roberto Aciolli (PV) não foi interrogado no Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR), nesta segunda-feira (22), como previsto. A defesa de Aciolli solicitou que ele só seja ouvido após a coleta das provas finais do processo. Com isso, não há um prazo estabelecido para que seja marcada uma nova audiência com Aciolli.
O deputado deveria responder questões relacionadas ao assassinato do engraxate Paulo César Heider, em 1999. Aciolli foi denunciado pelo Ministério Público do Paraná (MP-PR) em 2008 por homicídio qualificado por motivo torpe (banal). Se condenado, ele pode perder o mandato de deputado e ficar preso de 12 a 30 anos. O agora deputado estadual alega que o tiro que matou Heider foi acidental.
A ação penal contra Aciolli tramitava na Justiça de primeiro grau, mas como desde fevereiro deste ano Aciolli assumiu mandato de deputado estadual, o processo foi remetido para o Tribunal de Justiça por causa do foro privilegiado.
O crime ocorreu em 1999, mas o inquérito se arrastou por quase 10 anos. Aciolli confessou à polícia ter matado Heider, na época com 23 anos, com um tiro na cabeça na madrugada do dia 1.º de dezembro de 1999, depois de descobrir que o jovem teria participado do roubo de uma loja de celulares – que pertencia à mulher de Aciolli. Heider tinha diversas passagens pela polícia.
A denúncia relata que Aciolli passou a investigar o assalto por conta própria e teria descoberto que Heider, acompanhado de uma outra pessoa, praticou o roubo. Na madrugada do dia 1.º de dezembro de 1999, cita a denúncia, Aciolli teria sido informado que Heider estaria num táxi no Centro de Curitiba. Ao encontrar o rapaz, Aciolli, que na época tinha porte de arma, teria apontado a arma para Heider, que foi morto com um tiro na nuca.
Dois dias depois, Aciolli se entregou à polícia e apresentou a arma do crime. Em depoimento, Aciolli alegou que o tiro foi acidental, disparado após uma briga corporal com Heider. No processo, o taxista que levava Heider disse também que, antes de morrer, a vítima foi agredida por Aciolli.
O parlamentar, que apresenta um programa policial na televisão, foi eleito em 2010 deputado estadual pelo PV com pouco mais de 45 mil votos.
Motivo TORPE significa (vingança), motivo “banal”, seria FÚTIL. CONTRATE UMA ASSESSORIA JURÍDICA………..