O partido Democratas (DEM), que minguou nas últimas eleições, agora quer os votos de seus candidatos ficha-suja, que ficaram inelegíveis com a aprovação da famosa lei de iniciativa popular do Ficha Limpa.
Segundo resolução do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), o partido ou coligação não pode receber os votos dos candidatos considerados inelegíveis.
Como o partido perdeu muitos votos com os candidatos ficha-suja, sua única chance é o STF (Supremo Tribunal Federal) considerar a resolução do TSE inconstitucional através de ações movidas pelo próprio DEM.
As duas ações foram distribuídas para o ministro Joaquim Barbosa, enquanto a ação ajuizada na última semana ainda não tem relator.
Caso o STF acate a demanda do partido, as composições da Câmara dos Deputados e das assembleias legislativas podem mudar em todo o país.
Mas a Corte só se posicionará sobre o assunto após o recesso do Judiciário, que termina na semana que vem.
O DEM do Paraná foi mais esperto, não mandou seus deputados federais ficha-suja à reeleição.
O deputado Cássio Taniguchi, que passou boa parte do mandato licenciado atuando como secretário do governo Panetonegate, não concorreu e virou secretário de Planejamento do governo Beto Richa (PSDB).
Já o deputado Alceni Guerra, também inelegível, candidatou seu filho Pedro Guerra, que recebeu 31.376 votos, mas não se elegeu.
E com a nomeação do deputado reeleito César Silvestri (PPS), quem assume em seu lugar é o primeiro suplente da coligação, deputado Luiz Carlos Setim (DEM).
Em 3 de outubro passado, o DEM do Paraná conseguiu reeleger três dos cinco deputados federais que tinha.
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