O Sindicato dos Delegados de Polícia Federal no Paraná e a Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal no Paraná desmentiram a versão do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, sobre a devolução de R$ 3 milhões pela Superintendência da PF no Paraná. O juiz Sergio Moro teve que autorizar o uso de R$ 172 mil recuperados pela Justiça para pagar contas de luz e consertos de carro. As informações são da Agência O Globo.
“Contrariamente ao que foi divulgado pelo ministro da Justiça, não ocorreu a devolução de tal montante e a aceitação dos valores repassados pela Justiça Federal deu-se em face da real necessidade por parte da Polícia Federal no Paraná, vez que o não pagamento das despesas vencidas poderia acarretar prejuízos irreparáveis”, diz a nota assinada pelo presidente do Sindicato, Algacir Mikalovski e por Jorge Luiz Fayd Nazário, diretor da associação.
Os dois declaram apoio ao superintendente da PF no Paraná, Rosalvo Ferreira Franco, criticando Cardozo por atribuir o fato, segundo eles, a “uma eventual má gestão”. O documento repudia “qualquer ato falacioso que vise denigri-lo ou a qualquer integrante da Polícia Federal”.
No despacho em que liberou os recursos para a PF do Paraná, Moro disse que as investigações não poderiam ser “interrompidas por falta de dinheiro para despesas básicas”. O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, no entanto, disse que pode ter havido um “contingenciamento normal”, mas negou que tenha havido falta de verba. “Não faltou verba nenhuma. Tanto que a Superintendência do Paraná devolveu R$ 3 milhões no final do ano passado”, afirmou Cardozo.
Cardozo cobrou explicações à PF. “Se devolveram R$ 3 milhões e pediram para usar uma outra sobra, não é porque estava faltando dinheiro. Ou então há um problema de gestão. Eu quero entender o que está acontecendo”, disse”. “Agora, não me venham dizer que não havia dinheiro para pagar a conta de luz e nem que a Polícia Federal está sendo sucateada”.
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