Fábio Campana
Quem prestou atenção à convenção conjunta de hoje do PROS e do PMB (foto), ambos da base de apoio à reeleição da governadora Cida Borghetti, do PP, percebeu que Beto Richa já não faz parte da chapa de coligação comandada pela governadora. Essa convenção de hoje que é prévia e parte da convenção que consolidará o nome de Cida como candidata de outros partidos, como o PP, o DEM e PSB, não pronunciou o nome de Beto Richa. Foram confirmadas apenas as candidaturas de Cida Borghetti para o governo e Alex Canziani para o Senado.
Dois fatores aceleraram o rompimento definitivo do PSDB de Beto Richa e a frente política que apoia Cida. O primeiro foi a insistência de Richa em ver Canziani fora da chapa, uma forma que lhe daria todo o tempo de televisão da campanha do Senado. Condição considerada inaceitável.
O segundo fator foi um acontecimento paralelo à convenção do PROS e PMB. No mesmo momento em que Cida Borghetti discursava como candidata ao governo, uma chusma considerável de tucanos participava da convenção de Ratinho Jr, do PSD. O deputado Ademar Traiano, presidente da Assembleia e principal condutor do tucanato no Paraná, lá estava a saudar o adversário de Cida, Ratinho Jr.
Foi demais para a governadora, que já reclamava de tucanos a fazer campanha adversária em todo o interior. Deu no que deu. Não tem mais aliança Cida e Beto Richa. De um lado Cida e Alex Canziani, de outro, correndo avulso e isolado, Beto Richa, que não teve guarida oficial em nenhuma das campanhas. Nem Ratinho Jr, do PSD, nem Osmar Dias, do PDT, admitiram sequer negociar uma composição com Beto Richa. E se estendermos a avaliação, nenhum de todos os demais pequenos partidos quis aceitar dobrada com o ex-governador.
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http://www.fabiocampana.com.br/2018/07/acabaram-as-chances-de-alianca-entre-cida-borgheti-e-beto-richa/
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