Não foram só os vereadores de Curitiba que contestaram a declaração do vice-presidente estadual do PSDB, deputado Valdir Rossoni, defendendo o afastamento do partido do presidente da Câmara de Curitiba, João Cláudio Derosso, que vem sendo alvo de uma saraivada de denúncias nos últimos dias.
Derosso quebrou o silêncio para dizer que Rossoni só está querendo aparecer para formar uma base política em Curitiba, para onde transferiu seu domicílio eleitoral recentemente.
Na Assembleia Legislativa, outros deputados tucanos também se manifestaram contra a atitude de Rossoni, como anota a jornalista Elizabete Castro de O Estado do Paraná. Vejam:
“O deputado estadual Mauro Moraes disse que o PSDB precisa se reunir para avaliar a situação do presidente da Câmara Municipal de Curitiba, João Claudio Derosso, acusado de beneficiar familiares em contratos públicos. Moraes acha que não pode haver pré-julgamento e defendeu que o diretório decida sobre a posição do vice-presidente estadual do diretório tucano, deputado Valdir Rossoni, que sugeriu o desligamento de Derosso do PSDB.
“Tem que conversar sobre esse assunto no partido. Se o fato for constranger o partido, existem outras coisas que também constrangem, como essas matérias acusando o líder do governo de nepotismo”, reagiu Moraes. Para o deputado, Derosso deve ser punido com a expulsão se houver comprovação da culpabilidade do vereador.
O líder do governo na Assembleia Legislativa, Ademar Traiano (PSDB), afirmou que a defesa da saída de Derosso do partido reflete a posição pessoal do vice-presidente do partido. “Não conheço o teor do que está acontecendo e, por isso, é difícil fazer um juízo de valor”, esquivou-se o líder do governo. Mas acrescentou que a decisão sobre Derosso deve ser resultado do consenso do partido.
Em discurso na tribuna, na sessão desta terça-feira, 16, Rossoni disse que não pretende continuar respondendo por “atos de terceiros” sejam eles filiados ou não ao partido. “Quando uma pessoa entra numa fase dessas uma grande contribuição que pode ser dada ao partido é se afastar até que tudo seja investigado”, afirmou Rossoni. “E se for culpado, não o queremos mais no partido”, acrescentou o presidente da Assembleia Legislativa.”
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