O procurador da República e coordenador da Força Tarefa da Lava-Jato em Curitiba, Deltan Dallagnol, questionou em suas redes sociais nesta quarta-feira (3) a decisão do MPF (Ministério Público Federal) em retomar a delação premiada do advogado Rodrigo Tacla Duran. As informações são do Paraná Portal.
Segundo reportagem publicada nesta quarta-feira pelo jornal O Globo, o procurador-geral da República, Augusto Aras, retomou investigação sobre o pagamento de propina no valor de US$ 5 milhões ao advogado Carlos Zucolotto, padrinho de casamento do ex-ministro da Justiça e Segurança Pública Sérgio Moro.
“Diante do arquivamento das falsas acusações, de que não é confiável e da renovada tentativa de induzir em erro autoridades para se livrar de responsabilização, acreditamos e defendemos que questões políticas não devem interferir na atuação independente das Instituições”, colocou Dallagnol.
Tacla Duran está foragido desde 2016, quando Moro emitiu um mandado de prisão contra o advogado. Investigações da Lava Jato apontaram que Tacla Duran foi operador financeiro da Odebrecht em esquemas de corrupção.
Em sua denúncia, Tacla Duran afirmou ter pago propina para Zucolotto, mas não conseguiu efetivar essa delação premiada.
“Tacla Duran comprovadamente inventou histórias para atacar a credibilidade das autoridades. Disse que procuradores brasileiros teriam se negado a ouvi-lo na Espanha, quando foi ele quem informou às autoridades espanholas que exerceria seu direito ao silêncio”, apontou Dallagnol.
Anteriormente nesta quarta-feira, Moro já havia se posicionado contrário a retomada das investigações pela PGR e acusando Tacla Duran de ser um “lavador profissional de dinheiro”.
“Causa-me perplexidade e indignação que tal investigação, baseada em relato inverídico de suposto lavador profissional de dinheiro, e que já havia sido arquivada em 2018, tenha sido retomada. Lamento que mais uma vez o nome de um amigo seja utilizado indevidamente para atacar a mim e a Operação Lava Jato”, disse Moro.
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