De Rose Dranka, enviada especial a Caxias do Sul (RS), no II Fórum Nacional dos Usuários de Rodovias Pedagiadas: “Leiam, pois é uma opinião sensata de um jornalista da RBS (fonte jornal Pioneiro de 08/12/06)"
O nó do pedágio
Na teoria, pedágio é um modelo justo, adotado em grande escala na Europa. Paga quem usa. Quando se observa o retorno do investimento, paga-se até com prazer.
O grande problema foi o modelo de concessão implantado no Rio Grande do Sul entre 1996 e 1998 pelo governador Antônio Britto (então no PMDB) e aprovado, sempre é bom lembrar, pela Assembléia Legislativa.
Entregou-se a consórcios formados por empreiteiras a manutenção de trechos de rodovias já construídas e, em alguns casos, como entre Caxias e Farroupilha, duplicadas. Outros trechos, sabe-se lá por que, ficaram de fora do pacote.
Nove anos depois, a disparidade de opiniões converge para uma rara unanimidade de rejeição: os usuários reclamam de pagar muito; as concessionárias, de arrecadar menos do que previam; e o governo, alegando estar de mãos atadas por contratos longos, pouco ou nada faz para resolver o impasse.
Quando age, aliás, o Estado costuma agravar o problema, caso da bidirecionalidade aprovada – novamente com aval da Assembléia – pelo governo Olívio Dutra (PT). Ou empurra o assunto com a barriga, como fez Germano Rigotto (PMDB).
É uma pena que a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) proposta no ano passado para investigar o que há por trás desse imbróglio tenha sido atropelada por um acordão político. Afinal, o que se tenta esconder?
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