Há três anos a prefeitura de Curitiba espera liberação de recursos do Orçamento Geral da União para dar início às obras do Ligeirão Leste-Oeste. Ainda que a obra esteja prevista no orçamento, o governo federal não libera o dinheiro para sua execução sob a justificativa de escassez de recursos. As informações são de João Frey na Gazeta do Povo.
Como a obra é considerada prioritária pela gestão de Rafael Greca (DEM) e a equipe do prefeito acha improvável que o dinheiro seja liberado nos próximos anos, a prefeitura buscou uma alternativa e agora tentar financiar a obra com recursos do Novo Banco de Desenvolvimento (NBD), o Banco dos Brics, grupo composto por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.
A medida traz mais despesas ao município, que agora terá que fazer um empréstimo para pagar uma obra que antes seria paga em sua maior parte pelo governo federal. Ainda assim, a prefeitura defende o empréstimo como forma possível de tirar a obra do papel.
“Os empréstimos internacionais têm uma taxa muito mais adequada e favorável aos municípios. Então uma vez que a gente não vê perspectiva de autorização dos recursos do orçamento fomos buscar outras fontes porque é um projeto importante dentro do planejamento estratégico de qualificação do sistema de mobilidade de transporte público”, afirmou o secretário de Governo e presidente do Ippuc, Luiz Fernando Jamur.
Como há outros projetos em situação similar e a prefeitura de Curitiba ainda está distante do limite máximo de empréstimos estabelecido pela Lei de Responsabilidade Fiscal, Jamur projeta que outras obras de mobilidade e macrodrenagem devem ter alternativa similar.
O pedido de empréstimo está sob análise do Ministério da Economia, que deve emitir um parecer sobre a transação até o mês de abril. No processo, a prefeitura propõe financiamento total de R$ 85 milhões para a execução da obra, sendo R$ 68 milhões do NBD e 17 milhões como contrapartida do município.
O Ligeirão Leste-Oeste deverá transportar cerca de 80 mil passageiros por dia, ligando, em um primeiro momento, a região do Campo Comprido a Pinhais. Com as intervenções, a expectativa da prefeitura é de reduzir em até 40% o tempo gasto no trajeto.
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