Luiz Geraldo Mazza
Pelo jeito a corrupção no sistema atual criou modelos operacionais: tivemos o caso do petista com a cueca cheia de dólares e agora o de uma doleira levando 200 mil euros na calcinha, presa com mais oito colegas na Operação Lava Jato, no aeroporto de Guarulhos pela Polícia Federal.
Agora, conforme reportagem de ontem desta FOLHA, há suspeita de que o cérebro de todas essas artimanhas, o doleiro Alberto Youssef, tenha empregado os mesmos critérios de desvio de recursos, aplicados na Refinaria Abreu e Lima na nossa, a Presidente Vargas em Araucária. Aliás o Tribunal de Contas da União apontou anomalias em sete dos 19 contratos firmados em 2009 pela Repar e cujos sobrepreços poderiam chegar a R$ 1,4 bilhão.
No Paraná Youssef esteve presente em escândalos do governo Lerner: o chuncho Copel-Olvepar a custos atualizados de R$ 250 milhões e no maior de todos, o do derrame CC5-Banestado, estimado em mais de US$ 20 bilhões, e ainda num da AMA-Comurb, de Londrina, que ajudou na cassação do prefeito Antonio Belinati. O Paraná segue com forte presença no mapa da corrupção, apesar desse jeitinho que ostenta de introvertido, meio encabulado, como se agisse por descuido.
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