A atração do programa “Autores Paranaenses” que vai ao ar neste sábado (29), às 15 horas, pela TV Assembleia, é o premiado escritor paranaense Cristóvão Tezza. Ele fala à jornalista Simone Giacometti sobre sua produção literária, seu apego a Curitiba, que considera “um espaço literário absolutamente maravilhoso”, adianta que tem um novo romance em gestação e comenta o último, “O Professor”, desenvolvido nas duas ou três horas que antecedem uma homenagem que o personagem vai receber na universidade onde atua.
Nesse breve espaço de tempo, o professor faz uma reflexão sobre sua vida, rememorando os momentos mais importantes e tendo como pano de fundo acontecimentos da história recente do país. Nascido em Lages, Santa Catarina, em 1952, Tezza veio para Curitiba com a família quando tinha apenas 8 anos de idade, e fez o ensino médio no Colégio Estadual do Paraná. Em 1968 integrou-se ao Centro Capela de Artes Populares (CECAP), dirigido por Wilson Rio Apa. Em 1974 foi para Portugal, com o objetivo de cursar Letras na Universidade de Coimbra. Dez anos depois mudou-se para Florianópolis, onde lecionou Língua Portuguesa na Universidade Federal de Santa Catarina.
Dois anos depois retornou a Curitiba, onde deu aulas na Universidade Federal do Paraná até 2009, quando se desligou para dedicar-se exclusivamente à literatura. Os primeiros livros, “A Cidade Inventada”, “Gran Circo das Américas” e “O Terrorista Lírico” foram publicados entre 1979 e 1981. “Ensaio da Paixão” veio em 1985, e “Trapo”, lançado pela editora Brasiliense em 1988, o tornou conhecido nacionalmente. Seguiram-se “Aventuras Provisórias”, “Juliano Pavollini”, “A Suavidade do Vento”, “O Fantasma da Infância”, “Uma Noite em Curitiba”, “Breve Espaço entre Cor e Sombra”, “O Fotógrafo” e “O Filho Eterno”. Este último abriu-lhe as portas para o reconhecimento internacional, consolidando-o como um dos mais importantes escritores brasileiros da atualidade.