A desesperada tentativa do governo federal de trazer de volta a CPMF é considerada vergonhosa pelo presidente da Caciopar (Coordenadoria das Associações Comerciais e Empresariais do Oeste do Paraná), Sergio Antônio Marcucci.“Essa é mais uma clara demonstração que esse governo e parte dos políticos que aí estão em nenhum momento se preocupam verdadeiramente com o futuro do País, com o tão necessário sucesso da atividade econômica e a qualidade de vida dos correntistas, que já pagam uma das mais injustas cargas tributárias do mundo”, sustenta. As informações são d’O Paraná.
A volta da CPMF, na opinião de Marcucci, vai criar um peso adicional considerável para os setores que são responsáveis pela economia do País. “São esses que produzem, que trabalham e que mantém a pesada máquina pública em funcionamento. Não é justo e muito menos correto que a União, que deveria primeiro fazer a lição, coloque mais esse ônus nos nossos ombros”, desabafa.
A decisão, de acordo com Marcucci, mostra que o governo federal está muito mais interessado em manter as suas parcas alianças do que realmente aproveitar o momento e promover, pelo menos em parte, as mudanças administrativas e estruturais na esfera pública que o País tanto precisa. “Em vez de adotar uma postura estadista e de começar a consertar as coisas, o que se vê é um quadro ainda mais difícil e lamentável. Todos que produzem e trabalham precisam se manifestar e não aceitar um disparate desses. Todos, indistintamente, temos responsabilidades com o presente e o futuro do País e essa medida não é correta e deve duramente ser combatida”.
Sérgio Marcucci acrescenta que, como historicamente ocorre no País, mais uma vez os homens do poder, que são os responsáveis por criar rombos gigantescos nas contas públicas, adotam o caminho mais fácil e moralmente duvidoso, de transferir seus excessos para quem produz e paga a conta. “Isso precisa acabar. Não é assim que vamos tirar o Brasil desse enorme cenário de dificuldades. O governo federal precisa dar o exemplo e cortar na própria carne. Um bom exemplo de disposição para acertar as coisas seria reduzir ministérios, que hoje são 39 e que custam mais de R$ 60 bilhões por ano”. A correção de rumos, segundo ele, está em tornar a máquina pública mais leve, mais eficiente e mais honesta, possibilitando a tão desejada liberdade econômica. “Até quando a sociedade vai, pacificamente, aceitar abusos tão sérios e irresponsáveis como esse”, questiona o presidente da Caciopar.
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