A CPI da Petrobras teve um bate-boca generalizado na sessão de ontem na Câmara dos Deputados. Ao presidente Hugo Motta (PMDB-PB) anunciar que criaria quatro subrelatorias para o colegiado, Edmilson Rodrigues (PSol-PA) chamou o peemedebista de “moleque” e chegou a ser contigo por colegas. Outros deputados se levantaram de suas cadeiras e, com dedos em riste, foram até a mesa da presidência questionar Motta. As informações são do Estadão.
“Quem manda aqui é o presidente. Não aceito desrespeito. Cabelo branco não é sinônimo de respeito”, reagiu Motta aos gritos. “Não serei fantoche para me submeter a pressão aqui. Não tenho medo de grito. Da terra onde venho, homem não ouve grito”, emendou.
O peemedebista não havia aceitado o apelo da base governista para que fosse votado primeiro o plano de trabalho e em outro momento se discutisse a criação das subrelatorias. O PT e outros partidos também reclamaram que não foram consultados antes sobre o assunto. Motta começou a ler o ato de criação das subrelatorias e a sessão se transformou em discussão generalizada.
Motta também leu ato onde negou o pedido de extensão das investigações ao governo de FHC, apresentado pelo deputado Afonso Florence (PT-BA). O presidente alegou que o pedido não encontrava respaldo regimental. “Estamos obrigados a nos ater no ato de criação que delimita o escopo da CPI, ou seja, no período de 2005 e 2015”, afirmou.
A primeira subrelatoria criada vai investigar superfaturamento e gestão temerária na construção de refinarias no Brasil; a segunda, a constituição de empresas subsidiárias e sociedades com o fim de praticar atos ilícitos; a terceira, o superfaturamento e gestão temerária na construção e afretamento de navios de transporte, navios-plataforma e navios-sonda; a última, vai apurar irregularidades na operação da companhia Sete Brasil e na venda de ativos da Petrobras na África.
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