Nas próximas horas, o HMCC deverá já ser autorizado a fazer testes rápidos para diagnóstico da doença, com capacidade inicial de 320 exames diários e, num segundo momento, 480 por dia.
Da liberação de fundo emergencial de aproximadamente R$ 15 milhões à reestruturação do Hospital Ministro Costa Cavalcanti (HMCC), com uma ala exclusiva para atendimento de pacientes de covid-19, a Itaipu Binacional, margem esquerda, tem adotado uma série de medidas para ajudar Foz do Iguaçu e municípios vizinhos no enfrentamento à pandemia do novo coronavírus. O bloco conta com 27 leitos, 15 só na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e 12 leitos de semi-intensiva. Agora, a grande expectativa é conseguir, já nas próximas horas, o credenciamento do Laboratório Central do Estado para fazer testes rápidos (Real Time – PCR) da covid-19. O diagnóstico é possível em até três horas. E, com a automação, o tempo pode ser reduzido para até duas horas.
Se o hospital for habilitado, terá condições de realizar 320 testes diários só numa primeira leva. A aquisição de um outro equipamento, que deve chegar nesta semana, aumentará a capacidade de testagem para 480 por dia. Foz do Iguaçu tem sete casos confirmados da doença. Outros 121 estão sendo investigados. Os testes rápidos serão colocados à disposição do Hospital Municipal Germano Lauck, referência em epidemiologia, para o mapeamento da doença, o que ajudará o governo municipal na tomada de decisões sobre as próximas ações.
Para o diretor-geral brasileiro de Itaipu, general Joaquim Silva e Luna, “todas as medidas têm como foco preservar a vida humana, o bem maior de qualquer sociedade. A Itaipu sempre vai atuar de forma responsável para ajudar nossa gente. Esse é um momento de união”.
Já se antecipando a uma possível epidemia da doença em Foz, a Fundação Itaiguapy, que administra o HMCC, mantido por Itaipu, fez compras antecipadas de equipamentos de proteção pessoal, de materiais e medicamentos (cloroquina e azitromicina, entre outros), 35 aparelhos de ventilação mecânica, 50 monitores multiparamétricos e 40 camas hospitalares. O HMCC contratou aproximadamente 80 colaboradores e médicos plantonistas para atuar em setores específicos no tratamento à covid-19, além de uma infectologista e um coordenador de medicina interna dedicados exclusivamente ao combate à doença. Mais de 200 pessoas estão em treinamento, aptas para uma possível crise.
Plano de contingência
O hospital também colocou em vigor um plano de contingência com a estruturação do núcleo de inteligência covid-19, que elabora e divulga boletins diários internos sobre tratamentos, treinamentos e simulações, em apoio ao HMCC e ao Hospital Municipal Germano Lauck.
Também foi aberto um pronto atendimento para queixas respiratórias e criado um bloco exclusivo para internações de pacientes com covid-19, seguindo rigorosamente as indicações técnicas dos melhores centros de referência.
Além disso, o HMCC cedeu para o município equipamentos de proteção individual, máscaras cirúrgicas, luvas e monitores, entre outros. Também fez um convênio com um hotel para hospedagem de profissionais de saúde que atuam na linha de frente do combate à pandemia. “Todos os serviços foram reestruturados para estabelecer fluxos seguros no atendimentos de pacientes com sintomas respiratórios, suspeitos e/ou confirmados ao novo cornonavírus. Com base nos decretos municipais e estaduais, suspendemos todos os procedimentos eletivos, consultas, exames e procedimentos cirúrgicos”, informou o diretor-superintendente do HMCC, Fernando Cossa. E complementou: “As medidas são protetivas aos pacientes e aos nossos colaboradores, de acordo com as diretrizes da nossa própria missão institucional e também da nossa mantenedora, a Itaipu”.
Com a reestruturação, o Centro Clínico tem agora dois pronto atendimentos, um para pacientes sem sintomas respiratórios e o outro voltado para os casos de sintomas respiratórios.
O Núcleo de Inteligência, formado por diretores, uma médica infectologista, enfermeiras especialistas e pessoal de gestão da qualidade e planejamento estratégico, acompanha e atualiza o tempo todo os protocolos internacionais e nacionais de prevenção e tratamento. Essas informações alimentam um banco de dados sobre a necessidade de compra de insumos e materiais.
Para os laboratórios de Análises Clínicas e, especialmente, de Saúde Única do Centro de Medicina Tropical, foram adquiridos equipamentos de automação e de reagentes para realizar exames diagnósticos, com destaque para o PCR para a covid-19.
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