O deputado federal Zeca Dirceu (PT) disse neste domingo, 17, que os sistemáticos cortes no orçamento do Ministério da Educação aprofundam ainda mais o abismo de desigualdade social enfrentado pelos brasileiros.
“O Ministério da Educação acaba de anunciar mais um corte no seu orçamento, na sua capacidade de investimento, de R$ 1,6 bilhão. Isso é inaceitável e inadmissível, ainda mais numa pasta tão importante e envolvida nos últimos anos em casos frequentes de corrupção, de cobrança de propina, de desvio de recursos públicos”, afirmou Zeca Dirceu em Curitiba durante o pré-lançamento da pré-candidatura do vereador Renato Freitas (PT) a deputado estadual.
Zeca Dirceu, titular da Comissão da Educação da Câmara dos Deputados, disse que o próprio ministro da Educação, Victor Godoy Veiga, reconheceu um corte de quase 7% do orçamento das universidades federais.
“E a gente sente isso em cada uma das universidades públicas do Paraná. Os números da evasão escolar dos alunos que estão deixando a universidade sem concluir os seus cursos falam por si só”.
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A evasão nas universidades, aponta o deputado, está na casa de 30%, 35%, 37%. No ensino básico calcula-se que um milhão de crianças estão fora da escola, o que representa um retrocesso de 10 anos. “Obviamente, os alunos de forma geral não estão encontrando as condições para permanecer estudando”, disse.
“Educação tem que ser prioridade e para ser prioridade não depende de lei, depende de decisão política de governo que cabe ao Congresso Nacional e, obviamente, ao presidente da República que já mostrou que escolheu a educação como inimiga. Em outubro, o nosso país vai ter de novo a oportunidade de transformar a educação naquilo na grande prioridade de governo. Qualquer nação tem que investir em educação se pretende crescer e se desenvolver, com pesquisa, tecnologia, conhecimento e informação”, completa.
Segundo Zeca Dirceu, além dos cortes, a indisposição do governo federal está nos números levantados pela Confederação dos Municípios. “Das sete mil obras paradas no Brasil, a maioria é de escolas e creches, o que representa um universo de quatro mil obras apontado pelo próprio Ministério da Educação. Se incluir as moradias e os postos de saúde, as obras vão demandar R$ 10 bilhões em investimentos”.
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