A rede elétrica de Curitiba foi reforçada e preparada para a demanda das próximas décadas com dois empreendimentos da Copel, que somam R$ 174 milhões em investimentos. A subestação Curitiba-Centro e a linha de transmissão de energia subterrânea da Avenida Comendador Franco foram inauguradas nesta terça-feira (17) pelo governador Carlos Massa Ratinho Junior e o presidente da Copel, Daniel Pimentel Slaviero.
O governador destacou que o planejamento energético da Copel para a capital e Região Metropolitana é fundamental para se somar aos investimentos em infraestrutura e atrair novas empresas para o Estado. “Com esse investimento, Curitiba poderá receber novas indústrias, sem risco de queda de energia. Essa subestação representa a importância que a Copel tem para os paranaenses. Indústria nenhuma se instala onde não tem energia de qualidade”, afirmou Ratinho Junior.
Ele também confirmou a prioridade de investimento da Copel no Estado, ressaltou o crescimento de 7,2% da produção industrial paranaense nos primeiros sete meses de 2019 e a valorização de 151% das ações da companhia na Bolsa de Valores em um ano. “Nós queremos investimentos da Copel para o Paraná, dentro de casa. Por muitos anos os recursos foram aplicados fora do Estado. Enquanto uma granja de frango ainda estiver recebendo energia monofásica e não puder abrir uma nova fábrica em função disso, não teremos feito a lição de casa”, afirmou. “Isso é fundamental para dar prosseguimento ao crescimento industrial e da economia do Paraná”.
80 MIL – A subestação e a linha de transmissão operam em alta-tensão (230 mil volts) e beneficiam diretamente cerca de 80 mil unidades consumidoras da região central da Capital. É a 18º subestação de transmissão de alta-tensão de Curitiba. Além do reforço na rede elétrica, as obras permitiram a retirada das torres da Avenida Comendador Franco. A linha enterrada tem 8 quilômetros de extensão, conecta a nova subestação Curitiba-Centro à subestação Uberaba e é uma das maiores redes subterrâneas em circuito duplo do Brasil.
Os empreendimentos, afirmou o presidente da Copel, Daniel Pimentel Slaviero, concilia a estratégia da companhia de investir no Paraná, com alta tecnologia e repaginação urbanística, importante para a capital. “A tecnologia de cabeamento subterrâneo é a mais moderna do País. Isso faz com que as residências, comércios e indústrias possam continuar crescendo. Nós teremos capacidade de ampliação para atender Curitiba e Região Metropolitana”, afirmou. “A Copel tem uma agenda de eficiência e modernidade para aumentar a capacidade econômica do Estado”.
O prefeito de Curitiba, Rafael Greca, citou que a subestação fica localizada na antiga sede da primeira usina termoelétrica da cidade, responsável pelo abastecimento elétrico dos primórdios da capital. “É um presente para Curitiba. Garante eletricidade contínua e estável para a cidade, mesmo diante de tempestades”, completou.
Mais energia
Curitiba e Região Metropolitana são atendidas majoritariamente por subestações e linhas de transmissão de 69 mil volts. A substituição gradual dessa rede por circuitos que operam em tensões maiores, entre 138 mil volts e 230 mil volts, torna o sistema menos vulnerável a desligamentos e mais adequado ao crescimento das cidades, principalmente aquelas conurbadas.
A Avenida Comendador Franco (antes conhecida como Avenida das Torres) liga Curitiba a São José dos Pinhais. A nova rede de alta-tensão passa por tubulações enterradas no canteiro central que, com a retirada das torres, poderá ser utilizado urbanisticamente.
Para desativar a linha antiga foram retiradas 25 torres, 20 superpostes e 42 quilômetros de cabos condutores no trecho que vai da rua Dr. Dário Lopes dos Santos até a rua Rosa Mehl, nos bairros Jardim Botânico, Jardim das Américas, Guabirotuba e Uberaba. O trabalho durou cerca de dois anos. As torres foram instaladas em 1931 e a avenida chegou em 1970.
A subestação Curitiba-Centro foi erguida em uma área de aproximadamente 1,3 mil metros quadrados ao lado do viaduto do Capanema, no bairro Jardim Botânico. É uma subestação do tipo abrigada e isolada a gás, estrutura adequada para áreas urbanas, que conta com dois transformadores de 150 megavolt-ampères (MVA).
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