A manifestação contra a Copa ontem no centro de Curitiba foi parte do “Dia Internacional de Lutas contra a Copa”, o 15M – protesto simultâneo em outras seis cidades-sede da Copa do Mundo – Rio de Janeiro, Brasília, Fortaleza, Belo Horizonte, São Paulo, Porto Alegre e Salvador, além de Vitória (ES) e, Santiago, no Chile.
Em Curitiba, aos brados de “Ah! eu já sabia! não vai ter copa na periferia!” os manifestantes cobraram respostas. “Copa para quê? a gente já sabe a resposta”, contestou uma militante do Comitê Popular da Copa Curitiba, em relação aos “benefícios” do mundial. “Estamos a um mês da copa, viemos aqui para questionar. Copa para quem? Não é para o povo, porque, copa sem povo, tô na rua de novo!”, reforçou.
Em manifesto, ativistas e movimentos que convocaram o 15M apresentam 11 reivindicações, dentre as quais, o arquivamento dos projetos de lei que tipificam crime de terrorismo ou ampliam penas para danos causados durante manifestações. Os atos também cobram a desmilitarização das polícias, pensão vitalícia para as famílias dos nove operários mortos trabalhando na construção de estádios da Copa, bem como a responsabilização das construtoras.
Os movimentos também reivindicam o fim dos despejos e das remoções forçadas, a realocação de todas as famílias atingidas e a garantia de moradia digna. Defendem a democratização dos meios de comunicação, com ênfase nas transmissões dos jogos, que serão feitas com exclusividade pela Rede Globo, e investimentos em transporte público de qualidade, além da tarifa gratuita nos transportes públicos – pauta que movimentou o país no ano passado.
Bandeiras
Os manifestantes do grupo 15 M pedem, entre outras reivindicações: moradia digna para todas as pessoas removidas; fim da violência estatal e higienização das ruas do centro da cidade; revogação das áreas exclusivas da Fifa previstas na Lei Geral da Copa e permissão ao trabalho ambulante; criação de campanhas de combate a exploração sexual e ao tráfico de pessoas; a não instalação dos tribunais de exceção da Fifa; a revogação da lei que concede isenção fiscal à Fifa e suas parceiras comerciais; o arquivamento imediato dos projetos de lei que tramitam no congresso, e normas infra-legais emitidas pelos governos, que tipificam o crime de terrorismo e avançam contra o direito à manifestação, criminalizando movimentos sociais e fortalecendo a violência contra a população pobre e a juventude do país; e a desmilitarização da polícia e fim da repressão aos movimentos sociais. Com informações do Bem Paraná
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