Por Mariana Desidério, na Folha Online:
O Conar (Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária) pediu, em decisão liminar, na sexta-feira (5), a suspensão imediata de uma propaganda televisiva das armas de brinquedo Nerf, fabricadas pela Hasbro Brasil. O pedido de suspensão foi feito pelo Instituo Alana que considerou a propaganda "abusiva" por "anunciar produtos incentivando o uso da violência", de acordo com o instituto.
A partir da decisão do Conar, os filiados ao conselho –emissoras de televisão, agências de publicidade e os próprios fabricantes dos produtos– devem decidir o que fazer, visto que o órgão apenas indica a retirada do comercial.
A Hasbro Brasil, fabricante do brinquedo, afirmou que, assim que foi notificada pelo Conar sobre a decisão liminar, "tomou as devidas providências e retirou do ar os filmes em questão". Porém, a empresa diz acreditar que os comerciais são apropriados e afirma ainda que continua em conversações com o Conar.
Segundo a coordenadora do projeto Criança e Consumo do Instituto Alana, Isabella Henriques, a propaganda mostra uma criança atirando em outra criança. "É uma ação violenta de crianças para crianças, um incentivo à violência", diz.
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