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Concorrência pública na usina de Mauá

O deputado eleito Luiz Claudio Romanelli (PMDB) ligou os ataques que vem recebendo de parte da imprensa, principalmente por duas emissoras de rádio de Curitiba, ao pedido de anulação de pré-contratos da Copel na usina hidrelétrica de Mauá. O pedido susta o negócio pretendido pelo empresário Joel Malucelli – principal beneficiário do contrato avaliado entre R$ 700 milhões e R$ 900 milhões. Nota-se: Malucelli é o proprietário das duas emissoras de rádio.

Em entrevista à imprensa nesta quinta-feira, 30, Romanelli explicou o requerimento que encaminhou ao consórcio Copel-Eletrosul. A concessão, através de consulta, foi entregue ao consórcio em leilão da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica). A obra foi terceirizada com dispensa de licitação para três empresas, entre elas, a Construtora J. Malucelli.

O deputado considera que a dispensa de licitação não atende as exigências legais e que a construtora de Malucelli sequer atende às exigências técnicas. “Fui adversário da privatização da Copel e continuo defendendo a empresa. Tenho a certeza que a realização de uma concorrência pública será benéfica para a estatal e para o povo do Paraná”, esclarece.

“Exerci meu direito de cidadão e minha obrigação de deputado eleito e em resposta venho sofrendo uma campanha difamatória nas rádios CBN e Band News, de propriedade do empresário”, reafirmou.

As rádios não noticiaram o pedido feito pelo deputado eleito. Em compensação passaram a requentar uma notícia antiga sobre investigações de pagamento de funcionários da Assembléia Legislativa. Romanelli, que não era deputado na época, foi citado no caso em razão do pagamento que recebeu de um dos investigados por empréstimo no valor de R$ 9 mil. Após uma série de matérias nas rádios de Joel Malucelli, a imprensa informou que uma juíza de Curitiba decretou liminarmente a indisponibilidade de bens de Romanelli e de outro deputado citado no caso. Romanelli sequer foi notificado pela justiça.

Na verdade, existem duas investigações sendo feitas a pedido dos ministérios públicos, estadual e federal, e nem a Justiça estadual nem o Tribunal Federal acatou as denúncias.

Após ler uma nota de esclarecimento sobre a usina de Mauá e sobre o caso da Assembléia, Romanelli conversou com os jornalistas. “Estou disposto a debater estes assuntos nas emissoras de Joel Malucelli ou em qualquer outro veículo porque estou consciente das minhas razões”, disse.  Leia a seguir, a íntegra da declaração de Romanelli à imprensa.