O Brasil é um dos poucos países no mundo onde não há falta de comida. Mas também é uma das poucas nações em que o excesso de alimentos produzidos torna-se desperdício. Esse desperdício ocorre nas estradas, com a perda de grãos, em restaurantes, cozinhas industriais, fábricas, ou mesmo na casa dos brasileiros.
Nós, cidadãos, ainda conhecemos pouco sobre o aproveitamento correto dos alimentos e não há ou são pouco propagadas políticas específicas para o bom emprego da comida no dia-a-dia, sem deixar nada em desproveito. Aqui, no Paraná, o deputado estadual petista Péricles de Melo apresentou um projeto interessante que contrapõe essa realidade. O objetivo da proposta é justamente combater o desperdício e minimizar os efeitos da fome, permitindo que um maior número de pessoas tenha acesso a alimentos básicos e de qualidade.
O projeto de lei cria o programa Alimentos Saudáveis e Equilibrados,sob a coordenação do Governo do Estado. A matéria já recebeu apoio do Plenário na sessão ordinária da última terça-feira (13), seguindo para análise das comissões técnicas permanentes da Casa.
Saúde – De acordo com a iniciativa, o programa deve ter três eixos de atuação: fornecer alimentos e combater o desperdício; promover ações de consumo consciente e ações profiláticas junto às comunidades atendidas; e propiciar trocas de receitas alternativas a fim de que se aproveitem os alimentos alternativos que possuem forte poder nutritivo.
“Cabe ressaltar que tais objetivos não devem ser perseguidos apenas pelo poder público, mas sim por toda a sociedade brasileira. Desse modo, nada mais oportuno que a criação de um banco de alimentos com campanhas de incentivo às doações de pessoas físicas e, principalmente, pessoas jurídicas que possuem condições de auxiliar na erradicação da fome no território do Paraná”, justifica o autor.
Péricles lembra que há estimativas apontando que uma média de 30% de tudo o que se produz em solo brasileiro deixa de ser aproveitado devido a uma série de danos que os produtos sofrem ao longo da cadeia produtiva. Para o deputado, “isso é inadmissível em um país que possui enorme quantidade de pessoas que sequer consomem o mínimo necessário para uma vida saudável”.
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