Representantes do turismo, transporte e logística, comércio e indústria, prefeitura, órgãos federais, deputados e vereadores irão a Brasília (DF) defender a construção da Perimetral Leste. A obra é considerada a solução definitiva para retirar a circulação de caminhões pesados das vias centrais do município.
A decisão foi tomada em audiência com o prefeito em exercício, Nilton Bobato (PCdoB), nessa quarta-feira, 14, convocada pelo Comtur (Conselho Municipal de Turismo) e pelo Codefoz (Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social de Foz do Iguaçu). Participaram do encontro integrantes de instituições da sociedade civil e do poder público.
O objetivo é manter uma audiência da comitiva de Foz do Iguaçu com o presidente Michel Temer (PMDB), para que ele adote procedimentos ainda em 2018 para destinar recursos à construção da via. A licitação para a seleção da empresa executora da obra está em fase de homologação no DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes).
O prefeito em exercício defendeu uma grande união entre as forças representativas da cidade para que os procedimentos que podem viabilizar a construção da Perimetral Leste sejam efetivados antes do final da atual gestão do governo federal. Bobato disse que há recursos para a obra, bastando uma definição da presidência.
“A Itaipu Binacional já se comprometeu em repassar os recursos para a obra, bastando apenas que o presidente Michel Temer faça uma carta autorizando”, enfatizou Bobato durante a reunião. “Não podemos perder todo um processo [edital de licitação] que leva anos para ser construído. Temos que nos unirmos em torno de uma grande força política”, defendeu.
Presidente do Comtur, Carlos Silva destacou a união dos mais diferentes segmentos em torno de uma pauta comum, que é a construção da Perimetral Leste. “Construímos uma união importante, demonstrando que Foz do Iguaçu é muito maior e mais importante. Vamos conduzir essa reivindicação juntamente com o Codefoz e demais entidades”, apontou.
“Vamos buscar esse entendimento com o governo federal, mobilizando parlamentares e outras autoridades que possam contribuir com essa bandeira”, disse Silva. “A perimetral é uma necessidade urgente, que vai trazer segurança para a população iguaçuense e para os turistas, além promover o desenvolvimento da região”, concluiu.
Representando o Codefoz na reunião, Danilo Vendruscolo ressaltou que os segmentos do turismo, transporte e logística devem defender conjuntamente as pautas locais. “Foz do Iguaçu é uma só. Somente com união entre os representantes de todos os segmentos será possível encontrar soluções para os problemas da cidade”, frisou.
Vendruscolo lembrou que o turismo e a logística são as duas principais forças econômicas do município. “Cada segmento deverá ter seus próprios corredores por uma questão de segurança, preservação da malha viária e principalmente para se obter a eficiente mobilidade em uma cidade que recebe turistas do mundo, com potencial de ser o principal centro de visitação por estrangeiros no país”, completou.
Solução política
O presidente da Câmara de Vereadores, Rogério Quadros (PTB), frisou que muitos problemas que Foz do Iguaçu enfrenta são decorrentes de erros do passado. Ele também defendeu a união entre as forças políticas. “A solução é política, por isso temos que envolver os deputados eleitos, as chefias dos órgãos federais e as demais entidades representativas para garantirmos a obra da perimetral”, disse.
Para o diretor do Sindifoz (Sindicato do Transporte Patronal), Rodrigo Ghellere, as instituições e o poder público constituíram um espaço de diálogo amplo. “Todas as entidades mostraram comprometimento em se unir e fazer com que essa obra que contorna o perímetro urbano da cidade para o transporte de cargas saia do papel”, ressaltou.
Comissão de avaliação e propostas
Na reunião, foi deliberada a criação de uma comissão a ser gerida conjuntamente pelo Comtur e o Codefoz, para avaliar medidas alternativas para garantir o fluxo de veículos e a segurança no trânsito das avenidas centrais da cidade. Serão analisados os efeitos da restrição de circulação de caminhões em determinados horários, rotas alternativas e outras medidas.
Delegado da Alfândega da Receita Federal, Rafael Dolzan assegurou que o órgão está disponível para colaborar. “Vamos fazer um teste com as medidas adotadas e, se for necessário, faremos ajustes conjuntamente. Já criamos um espaço na aduana para abrigar os caminhões que vêm da Argentina e que deverão esperar o horário autorizado para circular”, expôs.
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