A Comissão Estadual da Verdade, instituída pelo governador Beto Richa, para efetivar o direito à memória e à verdade histórica no período da ditadura militar, realiza em junho audiência pública em Foz do Iguaçu. O grupo analisará os casos relativos à operação que resultou no chamado “Massacre de Medianeira” e à “Operação Condor” (aliança criada entre vários regimes militares da América do Sul para coordenar ações que resultaram em graves violações aos direitos humanos).
“A Comissão pretende cumprir o papel de resgatar a história, no Paraná, coletando documentos e ouvindo testemunhas que possam reconstituir o período da ditadura militar, especialmente no que se refere às violações aos direitos humanos”, explica o coordenador do Centro de Apoio Operacional às Promotorias de Justiça de Proteção aos Direitos Humanos, Olympio de Sá Sotto Maior Neto. O coordenador da comissão, o professor da UFPR, Pedro Bodê, disse que serão ouvidos depoimentos de vítimas ou seus familiares. Qualquer cidadão poderá participar da reunião, em especial quem possui informações sobre situações de violações de direitos humanos no período de 1946 a 1988.
Criada em 2012, a Comissão Estadual de Verdade tem por finalidade efetivar o direito à memória e à verdade histórica e promover a reconciliação nacional, além de contribuir com a Comissão Nacional da Verdade, que receberá todas as informações coletadas no Estado.