Relatório apresenta sugestões e melhorias para a programação artística, a infraestrutura e a participação dos artistas da cidade
A comissão da comunidade formada para contribuir com indicações de sugestões e melhorias para a organização da Feira de Artesanato e Alimentos de Foz do Iguaçu (Fartal) apresentou cerca de 50 propostas para aperfeiçoar o funcionamento do evento. O documento foi entregue à direção da Fundação Cultural, instituição responsável pela feira.
Os trabalhos tiveram início no mês de março deste ano, depois uma reunião pública onde participaram cerca de 100 pessoas, de diversos segmentos sociais. Do encontro, foram escolhidas 30 pessoas para integrar cinco eixos temáticos, além da Comissão Organizadora da Fartal, composta por representantes de organizações sociais e instituições públicas.
O grupo se reuniu semanalmente para a elaboração do relatório, além de manter reuniões temáticas e visitas ao CTG Charrua, espaço que abriga a Fartal. As propostas e sugestões tratam da programação artística, da participação dos artistas iguaçuenses, da infraestrutura, da gestão e administração. O próximo documento a ser apresentado será o regulamento do evento.
“Foram discussões ricas, com muitas pessoas contribuindo e sugerindo melhorias. Sempre que se ouve a comunidade o resultado aparece na forma de qualificação da gestão e das ações do poder público”, reflete Arinha Rocha, diretora da Fundação Cultural.
Propostas – As propostas de melhorias sugeridas pela Comissão da Fartal estão divididas nos eixos Bebidas e Alimentos, Artesanato e Artes Visuais, Programação e Entretenimento, Arte e Cultura Foz do Iguaçu, Infraestrutura e Segurança, Comunicação e Participação.
“O relatório prevê a diversificação da programação artística, a valorização dos artistas e produtores culturais locais, o aumento de espaços a entidades sociais, culturais e comunitárias, a ampliação da área do artesanato, o controle e fiscalização dos preços, a melhoria na estrutura, entre outras iniciativas”, aponta Paulo Bogler, presidente do Conselho Municipal de Políticas Culturais (CMPC).
Entre as principais propostas elencadas pela comissão estão o controle e fiscalização dos preços dos produtos comercializados e a definição dos critérios para a cessão de espaços a entidades. O artesanato irá ganhar mais espaço, com a instalação de uma área no perímetro de circulação do público. Este ano serão três associações de artesãos, ampliando e diversificando a oferta de produtos. As organizações sociais contarão com 23 estandes para a comercialização de produtos.
A agenda de shows nacionais diversificada e a maior abertura para os artistas de Foz do Iguaçu também são propostas da comissão. Os grupos iguaçuenses, além de se apresentarem no palco principal, contarão com uma arena e um palco na área de circulação e performances e intervenções distribuídas por todo o parque de evento.
O edital de seleção dos artistas iguaçuenses deverá selecionar 50 iniciativas. Além de criar instrumentos institucionais e transparentes para as contratações, o procedimento prevê o aumento do valor do cachê pago aos talentos da cidade.
A melhoria e a ampliação da área de estacionamento e passeio da feira também foram sugeridas pela comissão, assim como os serviços de segurança e transporte público. A feira ganhará mais área com a pavimentação asfáltica na faixa situada entre a arena dos shows nacionais e as barracas de alimentação.
Regulamento – A Comissão Organizadora da Fartal também está finalizando o texto do regulamento da Fartal, pois ao longo de vários anos a feira vem sendo promovida sem dispor de instrumentos institucionais que expressem a forma de funcionamento e a organização do evento cultural e comunitário.
“Não estamos pensando somente nesta edição da Fartal. Queremos construir instrumentos e mecanismos para que o evento eleve o nível institucional, necessário para o próprio crescimento desta feira que é muito apreciada pela população”, explica Luciano d`Miguel, produtor cultural da Universidade Federal da Integração Latino-Americana (Unila).
Comissão – A comissão da Fartal foi instituída pelo decreto nº 23.750, de 22 de abril de 2015. O colegiado é formado por Rosli Souza da Rocha (Fundação Cultural), Luiz Fernando Kiihl Matias (Unila), Jaime Nelson do Nascimento (Itaipu), Célia Cristina de Oliveira (CMDCA), David Araújo de Carvalho (ACIFI), Sérgio Luiz Winkert (Unioeste), Paulo Bogler (CMPC), Nilse Mognol (Grupo de Trabalho do Artesanato) Spartaco Avelar (Grupo de Trabalho Arte de Foz do Iguaçu).