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Com demanda de trabalhadores, serviços e insumos, UNILA movimenta economia de Foz do Iguaçu

Click Foz

Desde o início de suas atividades acadêmicas, em agosto de 2010, a UNILA está ajudando a movimentar o panorama econômico de Foz do Iguaçu.

Além dos mais de mil alunos oriundos de 11 países da América Latina, a instituição atraiu pesquisadores e profissionais que se instalaram na cidade para fazer parte do quadro funcional da instituição.Hoje, a folha de pagamento dos 260 servidores da UNILA totaliza um montante líquido mensal de R$ 1,1 milhão. Esse valor se reverte diretamente na economia iguaçuense, em setores como o comércio, mercado imobiliário e de serviços.

De acordo com o secretário de Gestão de Pessoas, Warner Lucas Alves, esse número tende a crescer ainda mais com os novos concursos públicos que estão previstos. “Para este ano e em 2013 estamos prevendo aumentar o quadro de funcionários, com novas vagas tanto para docentes como também para técnicos administrativos”, afirma.

Além da folha de pagamento, a UNILA também movimenta a economia de Foz do Iguaçu por meio dos tributos que são repassados diretamente ao município. A previsão é que em 2012 a instituição repasse R$ 600 mil somente em Imposto Sobre Serviços (ISS).

“Essa é uma projeção inicial e conservadora feita pela instituição. Mas acreditamos que possa haver um incremento nesse valor, com o aumento da mão de obra na construção do campus e os valores associados aos demais contratos da UNILA”, explicou o superintendente de Implantação do Campus, Gláucio Roloff. Até o início do mês de junho, tinham sido repassados R$ 240 mil em ISS para a Prefeitura.

Obra prioriza mão de obra e fornecedores locais – Na execução do projeto do novo campus da UNILA também há uma preocupação em abarcar a mão de obra iguaçuense e adquirir, sempre que possível, produtos e serviços de fornecedores locais.

No segundo maior canteiro de obras da história da cidade, 383 dos 451 operários são iguaçuenses. Conforme Rogério José Magalhães Pires, do consórcio Mendes Júnior Schahin, esse número só não é maior porque há dificuldade em encontrar mão de obra experiente na região.

“Estamos acionando todo o apoio disponível na cidade para mobilizar mão de obra especializada e também as categorias mais simples, como ajudantes e serventes. Firmamos uma parceria com o SENAI para a formação principalmente de carpinteiros, que é a mão de obra mais escassa no segmento da construção civil da região”, destaca Pires.

As pessoas selecionadas passam por um curso de capacitação gratuito no SENAI, para somente depois atuarem no canteiro de obras da UNILA. A previsão é que o consórcio contrate em torno de mil funcionários no ápice da primeira etapa das obras.

Buscando reduzir os custos e agilizar as entregas, o consórcio também opta, sempre que possível, por materiais de construção produzidos na região. Alguns dos materiais consumidos pela obra e que são fornecidos e distribuídos em Foz do Iguaçu e algumas cidades vizinhas são madeira, aço, areia e brita.

“Entendemos que o novo campus está contribuindo bastante para o aquecimento da economia de Foz do Iguaçu, já que todo o material adquirido no local gera tributos municipais, estaduais e federais. A mão de obra, por sua vez, movimenta o mercado de locação de imóveis, pelo fato de que a empresa construtora tem que instalar seus colaboradores vindo de outras regiões”, salientou Rogério Pires.
Assistência Estudantil – A movimentação financeira está também no dinheiro que circula por meio dos benefícios que os estudantes da UNILA recebem como transporte, alimentação e moradia, previstos no Programa Nacional de Assistência Estudantil (PNAES). Para este ano, o orçamento do programa na UNILA é de R$ 6,5 milhões.

Atualmente, a Universidade possui contrato com sete empresas que oferecem alojamento aos estudantes. A maioria são hotéis que estavam desativados e outros imóveis que foram transformados em Moradias Estudantis.

Além disso, a circulação financeira no setor imobiliário acontece por meio do subsídio financeiro no valor de R$ 300 que, até o momento, foi requisitado por 153 estudantes. Esses alunos resolveram sair da moradia estudantil para alugar imóvel, na maioria dos casos, dividindo com outros colegas.

Na economia de Foz, a Universidade contribui ainda no setor de alimentação. Hoje, 1036 alunos recebem um valor mensal de R$ 300 para serem utilizados em restaurantes e supermercados da cidade.