Três programas para candidaturas de esquerda são discutidos no país a um ano da eleição presidencial, ainda sob a incerteza de quem irá defender as bandeiras, que vão desde a revogação de privatizações do atual governo até a descriminalização das drogas. As informações são da Folha de S. Paulo.
A discussão mais recente é a iniciada pelo PT, que há algumas semanas abriu consulta a filiados e à população para traçar um “projeto de nação”. Na sigla, a esperança é que o ex-presidente Lula seja o porta-voz do documento final. O petista fala como candidato em 2018, mas pode ser forçado a sair do jogo caso a segunda instância da Justiça confirme a condenação aplicada pelo juiz Sergio Moro, de Curitiba, a ele na Lava Jato.
As outras iniciativas são lideradas por movimentos que têm participação de membros do PT, além de partidos como PSOL e PCdoB: o “Vamos!”, que a Frente Povo sem Medo começou em agosto, e o “Plano Popular de Emergência”, discutido pela Frente Brasil Popular desde maio.
O site do PT e o do Vamos! têm estrutura parecida. Como numa rede social, os participantes debatem um assunto por vez e podem reagir às opiniões.
“O objetivo é construir um programa amplo que contempla medidas imediatas e reformas estruturais no caso de um novo governo de esquerda ser eleito”, diz o jornalista Breno Altman, um dos nomes na liderança do Plano Popular de Emergência.
O documento que está sendo discutido pela Brasil Popular sugere medidas como a suspensão de privatizações “decididas pelo governo usurpador”, como é chamada a gestão do presidente Michel Temer, e a revogação da terceirização irrestrita.
Propõe ainda nova política de drogas, “com sua legalização progressiva, que descriminalize os usuários”, e descriminalização do aborto.
Lula foi procurado pela Brasil Popular no início dos debates e, segundo a organização, tomou conhecimento das linhas gerais. O grupo diz que também apresentou a iniciativa ao ex-governador Ciro Gomes (PDT-CE), outro presidenciável do campo da esquerda.
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