Por aparelho
O governo Michel Temer (PMDB) está respirando por aparelhos, desde que o empresário delator Joesley Batista surgiu com aquela gravação insólita de uma conversa de pé de ouvido com ele, noite à dentro na residência oficial da Presidência em Brasília. Ontem (10), o deputado relator Sérgio Zveiter votou pela admissibilidade da denúncia contra Temer por corrupção passiva. Joesley revelou “fatos graves”, afirmou Zveiter. “É preciso apurar” o encontro de Michel Temer com o empresário e a mala entregue a Rodrigo Rocha Loures.
Aparelho II
O advogado de Temer, Antonio Cláudio Mariz, disse que tudo não passa de uma grande “mentira” inventada pelo procurador geral da República, Rodrigo Janot.
Na feira
Prevendo dias difíceis, caso passe na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) a admissibilidade da denúncia, Temer não quer dar muita chance ao azar. O governo intensificou a ofensiva para livrar o presidente da denúncia e botou pressão nos partidos para trocarem os membros da CCJ, que tendem a votar favorávelmente ao relatório.
Feira II
O PR, por exemplo, é uma espécie de fratura exposta desta pressão. O partido já trocou quatro dos seus cinco titulares na CCJ. Só não mexeu em Laerte Bessa, aquele que disse que “seu Janot está com os dias contados”.
Fundo do poço
“Antes de apoiarmos Michel Temer, nosso PSDB era favorito para conquistar a presidência da República. Hoje somos a 4ª ou 5ª opção. Esse mesmo PMDB que ajudou a nos derrotar duas vezes com Lula e uma com Dilma agora está nos levando ao fundo do poço e comparados ao PT. Será que estamos no caminho certo ou vamos enterrar nosso futuro por amor ao presidente Temer?”, do chefe da Casa Civil do Governo do Paraná, o deputado federal Valdir Rossoni, defendendo a saída do seu PSDB do governo Michel Temer (PMDB).
Roman lá
O PSD trocou o titular do partido na CCJ, da Câmara dos Deputado. Sai Expedito Netto (RO) e entra o deputado paranaense Evandro Roman. O PSD já se colocou contra a abertura de processo contra Temer no legislativo.
Risco PT
Anota Fernando Tupan, no Bem Paraná, que na semana passada Osmar Dias (PDT) encontrou-se com a senadora Gleisi Hoffmann (PT). O assunto foi à eleição estadual de 2018. Nada ficou acertado. Mas a notícia minou a candidatura de Dias. O paranaense não quer saber de PDT ou mesmo do PT no comando da política local.
Risco II
A aliança dos partidos persiste e poderá levar o ex-senador a 3ª derrota consecutiva ao Palácio Iguaçu. Por esse motivo há a especulação de mudança para o Podemos. Mas tudo indica que o partido reunirá os mesmos de sempre.
No PODE?
Aliás, no final da tarde Tupan adiantou que Osmar Dias se encontrou com o presidente do Podemos no Paraná, o empresário Joel Malucelli. O cardápio do encontro não poderia ter sido outro: eleições 2018.
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