Quadro negro?
É o nome da operação do Gaeco que investiga desvios nos recursos destinados à construção de escolas no Paraná. Porém, ao que tudo indica, tem uma boa chance de se mostrar mais uma armação do principal delator, Eduardo Lopez de Souza, o dono da empreiteira Valor, chafurdado na lama da corrupção. Dada com alarde pela imprensa televisiva e repercutida à exaustão em sites e blogs na internet, ontem (04) à Gazeta do Povo veio a público para informar que “Por enquanto, não apareceu provas das afirmações que Souza fez”.
E as provas?
“O empresário se comprometeu a entregar materiais que reforçam todas as acusações, mas também reconheceu que se viu obrigado a destruir documentos e planilhas, além de conversas comprometedoras registradas no celular, quando soube que o esquema havia sido descoberto e que seria alvo de uma operação policial”, anotou o site do ex-jornalão.
Nada ainda
E tem mais, a Gazeta do Povo, apesar de manter o fogo cerrado nas lideranças citadas, reconheceru que a “delação do empresário ainda não foi homologada pelo Supremo Tribunal Federal (STF)”.
“O que isso significa?”
A pergunta é do próprio jornal, que explica: “Que a Justiça ainda não decidiu se os termos do acordo foram adequados e se há indícios suficientes para considerar as palavras do delator no processo”.
Não quer calar
Diante do exposto, é justo perguntar: E agora? Como fica o estrago já provocado, caso as denúncias não sejam comprovadas? Pelo visto, a Justiça terá muito a fazer nos próximos meses.
Herói?
O governador Beto Richa afirmou ontem que as acusações atribuídas a ele na Operação são falsas, levianas e irresponsáveis. “Vou dizer com todas as letras: é mentira”, disse, reforçando que a delação de Eduardo Souza não traz uma única prova. “Todas as acusações deste criminoso não merecem crédito. Ou querem transformar um criminoso contumaz em herói?”
CPI?
Na Assembleia Legislativa a Oposição subiu o tom às criticas ao governo, pedindo uma CPI para investigar as acusação do empresário da Valor. O difícil é convencer mais cinco parlamentares a assinar, já que a Gazeta do Povo, que trouxe a delação à público, admite que não existem provas enregues por Eduardo Souza.
Dia 11
Beto Richa conversou com o secretário de Desenvolvimento Urbano, Ratinho Junior, que decidiu adiar a saída do governo desta terça (05) para o dia 11. O prazo a mais dará tempo de organizar a casa e deixar como substituto João Carlos Ortega, que é homem de confiança de Ratinho.
Retomadas
Boa notícia! As obras paradas em Foz do Iguaçu serão retomadas. A informação é do secretário de Planejamento, Elsídio Cavalcante, após reunião com o Ministério Público Federal. Claro, tudo vai depender da conclusão das auditorias. A coluna acredita que tempo já deu para a conclusão.
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