Hospitais públicos e privados de Curitiba operam há dias no limite e o entendimento comum é de que será impossível dar vazão à demanda caso a cadeia de contágio do coronavírus não seja interrompida. O crescimento consistente da fila de pacientes à espera por leitos é um sinal claro do colapso do sistema de Saúde, embora as autoridades não tenham assumido o termo oficialmente.
Enquanto o SUS (Sistema Único de Saúde) se reorganiza para realizar os atendimentos prioritários, alguns hospitais privados chegaram a fechar unidades de pronto atendimento por causa da superlotação. A situação gerou uma cobrança pública da secretária municipal da Saúde de Curitiba, que solicitou aos hospitais particulares a apresentação urgente de um plano de contingência à covid-19.
“Na verdade, a situação dos hospitais privados é muito semelhante a do sistema público”, explicou Flaviano Ventorim, diretor-executivo do Hospital Nossa Senhora das Graças, em Curitiba. Segundo ele, o aumento repentino da demanda e a mudança recente no perfil das internações prejudicou a capacidade de atendimento na capital paranaense.
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“Todos os hospitais estão com uma taxa de ocupação alta, em especial nos leitos de UTI. O que acontece é que os pacientes estão ficando piores muito rapidamente, o que pode estar ligado a essa nova cepa, e permanecendo por mais tempo, dificultando o processo de girar os leitos para atender mais gente”, apontou.
De acordo com o médico, que é presidente da Fehospar (Federação dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde do Paraná), as instituições privadas também atingiram o limite da capacidade de resposta. “A gente tem que entender que o sistema de saúde brasileiro é único. Ele é público, e a rede privada complementa a saúde pública”, completou.
Informações: reprodução/ Paraná Portal
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