O Conselho Nacional de Transição da Líbia (CNT) confirmou à BBC ontem (26) que está investigando versões de que Muamar Khadafi, líder deposto do país, foi vítima de abuso sexual momentos antes de morrer.
O CNT confirmou à BBC que a investigação foi motivada por imagens captadas por um telefone celular logo após sua captura, na cidade de Sirte.
Segundo a correspondente da BBC, Katya Adler, “Khadafi é rodeado por uma multidão de combatentes anti-Khadafi”.
“A gravação parece mostrar o ex-ditador da Líbia sendo submetido a um abuso sexual”.
O governo interino disse à BBC que já lançou uma outra investigação para determinar se Khadafi, que governou a Líbia por 42 anos, foi executado depois de sua captura.
A primeira versão foi a de que ele teria sido atingido durante confronto com as forças do CNT. Nas imagens divulgadas nesta quarta-feira, no entanto, não é possível ver o sinal de bala na cabeça de Khadafi. O ex-líder caminha, sangrando, mas aparentemente sem o ferimento que lhe tirou a vida.
Segundo representantes do CNT, os corpos de Khadafi, de seu filho Mutassim e do ministro da Defesa do antigo regime foram enterrados na terça-feira, em um local não identificado no meio do deserto líbio.
Até segunda-feira, os corpos estavam em um contêiner refrigerado em Misrata, onde foram exibidos ao público.
Nesta quarta-feira, o primeiro-ministro da Rússia, Vladimir Putin, se disse “enojado” com as imagens de Khadafi divulgadas pela imprensa.
Silêncio – Após a morte do ex-líder líbio, partidários de Khadafi tem se mostrado discretos.
Moradores do bairro de Abu Salim, um dos redutos dos partidários de Khadafi em Trípoli, relataram à BBC Brasil que militantes ligados às forças do CNT têm promovido saques e intimidado quem vive no local.
Acredita-se que Khadafi contava com o apoio de cerca de 20% dos líbios.
Organizações de direitos humanos têm feito alertas sobre violações de direitos humanos na Líbia por parte de integrantes das forças do CNT.
Otan – O chefe do CNT, Mustafa Abdel Jalil, disse ontem (26) que quer que a Otan (aliança militar do Ocidente) continue com sua missão na Líbia até o final de 2011.
Falando depois de uma reunião no Catar, Jalil afirmou que a aliança militar do ocidente deve permanecer no país para evitar que os partidários de Khadafi fujam.
A Otan deve anunciar sua decisão formalmente na sexta-feira e já tinha tomado uma decisão preliminar de encerrar a operação na Líbia no dia 31 de outubro.
A aliança vem realizando operações na Líbia desde março.
As informações são da BBC Brasil
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