Do blog de Lauro Jardim, na Veja.com:
Está na pauta do CNJ de amanhã o julgamento do processo contra o juiz Edilson Rodrigues, do TJ de Minas, por machismo. Como assim? Rodrigues, que chamou a Lei Maria da Penha de um “monstrengo tinhoso”, já negou vários pedidos de medidas de proteção a mulheres que foram ameaçadas e agredidas por homens. Em uma das sentenças, escreveu coisas do tipo:
– A desgraça humana começou no Éden: por causa da mulher – todos nós sabemos – mas também em virtude da ingenuidade, da tolice e da fragilidade emocional do homem.
– O mundo é e deve continuar sendo masculino, ou de prevalência masculina, afinal. Pois se os direitos são iguais – porque são – cada um, contudo, em seu ser, pois as funções são naturalmente diferentes.
Ao menos três conselheiros dão como certa a condenação de Edilson Rodrigues. O que vai diferenciar é o tipo de pena – se leve, como uma censura ou pesada, uma aposentadoria compulsória. Dizem que isso vai depender da instrução do processo e do voto do relator Marcelo Neves. Resume um conselheiro o caso:
– A conduta do juiz por si só é reprovável. Não dá para concordar com uma conduta como essa, é inadmissível.
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