por Josias de Souza, na Folha Online
O PPS realiza nos Estados encontros preparatórios para o 17o Congresso Nacional da legenda, marcado para os dias 9, 10 e 11 de dezembro, em São Paulo.
Neste domingo (27), realizou-se a reunião prévia do diretório pernambucano da legenda. Entre as propostas aprovadas duas chamaram especial atenção.
Numa, decidiu-se submeter ao Congresso Nacional de dezembro a ideia de rebatizar a legenda.
Em vez de PPS (Partido Popular Socialista), o ex-PCB passaria a se chamar PSV (Partido Socialista Verde).
Noutra decisão, a seccional de Pernambuco aderiu formalmente à tese do lançamento de um candidato próprio à sucessão presidencial de 2014.
Já referendado pela Executiva Nacional do PPS, o debate sobre a conveniência de lançar um presidenciável próprio ganha corpo no partido.
Além de Pernambuco, manifestaram simpatia pela tese os diretórios de outros seis Estados: Paraíba, Rio Grande do Norte, Sergipe, Pará, Minas Gerais e Paraná.
Quanto à proposta de injetar clorofila na sigla, surge num instante em que os náufragos do PV, adeptos da ex-presidenciável Marina Silva, procuram abrigo partidário.
Em pelo menos três Estados, alguns dos partidários de Marina já se refugiram na canoa do PPS: Ceará, Bahia e São Paulo.
Na capital paulista, o PPS cobiça o apoio da própria Marina, hoje sem partido, a Soninha Francine, candidata da legenda à prefeitura de São Paulo.
Participaram do encontro de Pernambuco as duas autoridades máximas do PPS: os deputados Roberto Freire (SP) e Rubens Bueno (PR), respectivamente presidente e secretário-geral.
Presidente do diretório estadual, o ex-deputado Raul Jungmann defendeu a mudança de sigla nos seguintes termos:
“É uma forma de unir a utopia do século 20 –a sociedade igualitária representada pelo socialismo— ao desafio do século 21 –um mundo ecologicamente sustentável.”
Jungmann explicou que o rebatismo não seria automático. Deseja-se que o Congresso de dezembro aprove a convocação de outro encontro nacional para 2013.
Nesse novo Congresso, extraordinário, o PPS decidiria, um ano antes da sucessão presidencial, sobre a troca da sigla e sobre a reformulação do seu programa.
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