Os ânimos esquentaram durante a sessão ordinária de ontem na Câmara de Ponta Grossa.
Depois que o vereador corregedor da Casa, Pascoal Adura (PMDB), usou a tribuna para declarar que existe superfaturamento em obras públicas na cidade, tem testemunhado muitas ‘barganhas’ envolvendo o Legislativo e que a Casa precisa de “mais qualidade”, os parlamentares se irritaram e cinco pediram a palavra, dois deles mais de uma vez-, para cobrar que Pascoal “dê nome aos bois”.George Luiz de Oliveira (PMN) insistiu na revelação de nomes e informações, justificando que isso poderia garantir substrato para uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) e chegou a sugerir que Pascoal se afaste temporariamente da corregedoria.
A discussão, que não tinha nenhuma relação com os seis projetos de lei inscritos na ordem do dia, se estendeu por mais de uma hora, chegando a irritar pessoas que acompanhavam a sessão. A votação da ordem do dia durante a sessão ordinária -houve uma extraordinária para votação em segunda discussão de dois projetos em regime de urgência- durou quase 25 minutos.
Além de George, o debate mobilizou o parlamentar Júlio Küller (PSD), Ana Maria de Holleben (PT), Sebastião Mainardes Júnior (DEM) e o presidente da Casa, Maurício Silva (PSB). “Quando o vereador Pascoal fala que tem visto muita barganha, ele tem que oficializar o que diz. Contar quem é o vereador e como funciona a barganha. De minha parte, eu quero acabar com a falácia”, declarou.
Na sequência, Küller disse em Plenário que irá pedir para que Pascoal comprove todas as denúncias expostas na tribuna.
Fonte: Diário dos Campos