A presidente Dilma Rousseff deve fazer a indicação do novo ministro do STF nesta semana. Dois paranaenses indicados – os juristas Clèmerson Clève e Luiz Fachin- resistem às pressões das ligações com o PT e a CUT. Os dois têm apoio do advogado Sigmaringa Seixas, ex-deputado do PT, próximo a presidente Dilma Rousseff (PT) e com trânsito no STF. O nome de Fachin ganhou apoio de Alvaro Dias (PSDB) e da bancada parananense no Congresso Nacional que enviará um manifestado ao Planalto. Clève tem a simpatia dos ministros do STF Gilmar Mendes e Teori Zavascki.
O indicação do novo ministro, que vai substituir Joaquim Barbosa, começou a ser discutida no início de março, mas foi adiada devido à chegada ao STF dos pedidos de abertura de inquérito sobre autoridades envolvidas no escândalo de corrupção da Petrobras.Para o Planalto, o momento era inapropriado, pois o nome tem de passar pelo crivo do Senado, cujo presidente, Renan Calheiros (PMDB-AL), é um dos alvos da investigação.
O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, e Sigmaringa Seixas, costumam ser consultados por Dilma. O presidente do STF, Ricardo Lewandowski, também tenta ser ouvido. E cabe ao Senado aprovar o nome do indicado após sabatina. O presidente da OAB, Marcus Vinícius Furtado Coêlho, tem apoio de Renan. Dilma também avalia o nome de três ministros do Superior Tribunal de Justiça: Benedito Gonçalves, Luis Felipe Salomão e Mauro Campbell.Lewandowski tem preferência pelo tributarista Heleno Torres, que chegou a ser escolhido para preencher a vaga de Ayres Britto, mas a notícia de que ele estaria comemorando a indicação antes de ela se tornar oficial irritou Dilma, que mudou de ideia e indicou o ministro Luís Roberto Barroso.
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