O projeto que prevê a criação de um Centro de Inteligência e Controle de Informações em Foz do Iguaçu foi apresentado nesta segunda-feira (3) em Brasília ao ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, e à secretária nacional de Segurança Pública, Regina Miki. O secretário Wagner Mesquita (Segurança) e a vice-governadora Cida Borghetti detalharam o projeto ao ministro.
O centro de inteligência na fronteira vai oferecer e trocar informações com as forças de segurança de todo o País. “Existem muitas investigações, de diferentes forças de segurança que não prosperam na região de fronteira por falta e/ou troca de informações. Este centro vai suprir esta demanda e será um importante reforço no combate ao crime organizado”, disse Mesquita.
A fronteira é apontada como uma das portas de entrada de armas e drogas em nosso País. “A reunião foi muito positiva no sentido de perspectivas futuras na obtenção de equipamentos, como drones, sistema de monitoramento, armamento junto ao governo federal”, completou o secretário.
A vice-governadora salientou a necessidade de reforçar a segurança nas fronteiras com a integração de órgãos federais, estaduais e municipais. “Esse intercâmbio de informações e dados é fundamental para tornamos mais eficiente o trabalho das nossas forças de segurança”, disse Cida Borghetti.
O secretário da Segurança vai formalizar o projeto e encaminhar nos próximos dias à Senasp e ao Ministério da Justiça. De acordo com o secretário, a intenção é também trocar informações por meio do Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras, projeto estratégico do Exército Brasileiro.
Além do serviço de inteligência, o Centro vai desempenhar o atendimento de ocorrências, recebimento de imagens, consulta de bancos de dados, bem como a coordenação de operações ostensivas na região fronteiriça.
Pelo projeto, o Centro terá auditório, heliponto, alojamento, estacionamento, salas próprias para setores de inteligência inter-agências, salas de situação para análise conjunta e consultas – auxílio a investigações, salas para condução de investigações policiais com medidas de quebra de sigilo (salas de análise), laboratório de análise de crimes de lavagem de dinheiro, núcleo de operações e núcleo de informática e tecnologia.
No mês de maio, Mesquita anunciou a construção do Centro de Inteligência e Controle de Informações de fronteiras. O Governo do Paraná, por meio do Conselho Gestor de Parcerias Público-Privadas, autorizou o início dos estudos e projetos de viabilidade técnica, econômica, financeira e jurídica para a implantação do Centro.
O terreno será cedido pela Prefeitura de Foz do Iguaçu, conforme protocolo de intenções já assinado entre o Município e a Secretaria da Segurança Pública. O imóvel é de 1.960 metros quadrados.
Antes mesmo do início das obras, diversas forças policiais e órgãos de investigação e fiscalização de outros estados, como Rio de Janeiro, São Paulo e Santa Catarina já demonstraram interesse em estabelecer parceria de trabalho. “Regina Miki acenou com a possibilidade da Força Nacional de Segurança Pública vir a integrar o nosso Centro de Inteligência e Controle de Informações lá em Foz do Iguaçu”, adiantou Mesquita.
Assim como a Polícia Rodoviária Federal, a Polícia Federal, a Agência Brasileira de Inteligência (Abin), a Secretaria de Administração Penitenciária de São Paulo e a Receita Federal devem trabalhar em conjunto no novo Centro de Inteligência e Controle de Informações de fronteiras.
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