O investimento de R$ 1,1 bilhão da cooperativa Frimesa em uma nova unidade de suínos terá o apoio do Governo do Estado, por meio do Paraná Competitivo. A planta para abate, desossa e industrialização de derivados de carne suína fica em Assis Chateaubriand, no Oeste do Estado, e deverá gerar mais de 7 mil empregos diretos.
O protocolo de intenções para o enquadramento do empreendimento no programa de incentivos do Governo do Paraná foi assinado pela governadora Cida Borghetti nesta sexta-feira (7), no Encontro Estadual de Cooperativistas Paranaenses, promovido pelo Sistema Ocepar em Curitiba.
A governadora afirmou que a nova unidade da Frimesa contribuirá com o desenvolvimento econômico e social do Estado. “O empreendimento vai gerar mais emprego, renda e oportunidades aos paranaenses, além de movimentar a cadeia de negócios e promover o desenvolvimento regional”, disse Cida. “Projetos como esse ajudam o agronegócio paranaense a se destacar no cenário nacional e internacional”, destacou.
Para o presidente da Frimesa, Valter Vanzella, o enquadramento no Paraná Competitivo trará uma série de benefícios que contribuirão para a realização do projeto. Ele citou a dilação de pagamento de parte do ICMS gerado pelo projeto, diferimento do ICMS do consumo de energia e gás e utilização do crédito de ICMS da cooperativa para aquisição de equipamentos para o empreendimento.
“A participação do Estado incentiva um projeto desta magnitude, que é importante tanto para as cooperativas como para a região Oeste e para todo o Paraná”, afirmou Vanzella. Além do Paraná Competitivo, a unidade também recebe apoio do BRDE, que é um dos financiadores do projeto.
Na mesma solenidade, foram confirmados dois financiamentos, de R$ 50 milhões cada, do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE). Os recursos vão atender as cooperativas Castrolanda, de Castro, e Copacol, de Cafelândia.
MAIOR REBANHO – O Paraná tem o maior rebanho de suínos do País, com 7,13 milhões de cabeças, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O município de Toledo é o maior produtor nacional de porcos, com 1,18 milhão de cabeças. A carne suína é a mais consumida no mundo e boa parte da produção do Estado é exportada. Hong Kong é destino de quase metade dos embarques.
Ao término do projeto, a planta industrial vai operar em dois turnos e abater 15 mil cabeças de suínos por dia. O faturamento anual é previsto em de R$ 3,4 bilhões. Além de Assis Chateaubriand, pelo menos outros 13 municípios serão beneficiados: Cafelândia, Marechal Cândido Rondon, Nova Santa Rosa, Palotina, Toledo, Nova Aurora, Guaíra, Corbélia, Tupãssi, Ouro Verde D’Oeste, Maripá, Jesuítas e Iracema do Oeste. O empreendimento também tem a participação de outras cooperativas.
APOIO – A governadora foi homenageada com troféu Cooperativas Orgulho do Paraná, atribuído a personalidades que se destacam no apoio ao setor. Também foram homenageados, com o Troféu Ocepar, o diretor-presidente da Coagro, Sebaldo Waclawovsky, e o deputado federal, Osmar Serráglio, coordenador da Frente Parlamentar do Cooperativismo.
O presidente da Ocepar, José Roberto Ricken, citou que a interferência da governadora durante a greve dos caminhoneiros, a regulamentação do Programa de Regularização Ambiental (PRA) e os esforços para tornar o Paraná área livre de aftosa sem vacinação estão entre motivos da homenagem.
O Encontro Estadual de Cooperativistas Paranaenses, promovido pelo Sistema Ocepar, tem o objetivo de comemorar as conquistas do setor ao longo do ano e debater as propostas que serão levadas ao Congresso Brasileiro de Cooperativismo, em Brasília.
A governadora citou o apoio do Governo do Estado ao setor com incentivo fiscal, investimento em infraestrutura, principalmente no Porto de Paranaguá, e na manutenção do diálogo com o setor produtivo. “O Paraná é o celeiro do Brasil, e a atuação das cooperativas é fundamental para que o agronegócio paranaense seja tão forte”, afirmou.
As 215 cooperativas do Estado devem fechar o ano com um faturamento de R$ 83,5 bilhões, contra R$ 70,3 bilhões de 2017. O setor gera cerca de 100 mil empregos diretos, com carteira assinada, e pagou R$ 1,1 bilhão em impostos neste ano.
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