O prefeito Brasileiro reiterou nesta quinta-feira (21) em Brasília, um tratamento diferenciado do governo federal para o setor de saúde dos municípios nas regiões fronteiriças do país. Como exemplo, citou Foz do Iguaçu, cujo sistema municipal de saúde é acessado por brasileiros, paraguaios e argentinos residentes na fronteira. “Onde essas pessoas buscam atendimento? São nas cidades brasileiras de fronteira. Os argentinos em crise econômica, sem assistência, buscam os serviços públicos de Foz”, disse
Chico Brasileiro participou do encontro entre prefeitos e ministros do governo federal reunidos pelo deputado Zeca Dirceu (PT) e reafirmou que nas cidades de fronteira onde os moradores da região buscam serviços do sistema público de saúde, entre outros serviços. “Defendo há tempos esta proposta de termos especificidade nas políticas públicas quando se trata dos municípios de fronteira, porque os custos e as despesas recaem majoritariamente para as prefeituras”, disse Brasileiro, vice-presidente da FNP (Frente Nacional de Prefeitos).
“E as prefeituras estão gastando 35% do orçamento somente no atendimento à saúde da população”, ressaltou o prefeito. Segundo ele, em qualquer situação na área de saúde, os pacientes que procuram o sistema público sempre são atendidos. “Mas é preciso este reconhecimento”. “Esse é o apelo que faço: que sejam inseridos estes incentivos às fronteiras brasileiras para que a gente possa fazer justiça”.
Foz do Iguaçu é a principal referência em saúde pública para uma região de aproximadamente um milhão de pessoas co0m os moradores de Puerto Iguazú (Argentina), Ciudad del Este, Presidente Franco, Hernandarias e Minga Guazú, no Paraguai, e dos municípios brasileiros da 9ª Regional de Saúde – Santa Terezinha de Itaipu, São Miguel do Iguaçu, Serranópolis do Iguaçu, Medianeira, Matelândia, Itaipulândia e Missal.
Mais paraguaios
Nos últimos meses, um novo fenômeno ampliou a demanda, especialmente nas unidades de saúde e no Hospital Municipal Padre Germano Lauck. O número de paraguaios que buscam atendimento, principalmente de urgência e emergência médica, aumentou mais de 500%, conforme revelou o cônsul do país vizinho, Iván Airaldi, com base na procura de paraguaios, por documentos brasileiros.
Este fato sempre ocorreu nos últimos anos, informou Chico Brasileiro, só que disparou este ano, após o novo governo argentino priorizar no sistema público do país, o atendimento aos seus cidadãos. “Quando a gente observa o sobrenome das pessoas que buscam atendimento no sistema de Foz, constata-se pacientes que não são brasileiros e moram no Paraguai”.
“São paraguaios e argentinos que moram na fronteira e que buscam o serviço público em Foz do Iguaçu. Isso é realidade fronteira”, ressaltou o prefeito, recordando que tem cobrado há anos um aumento nos repasses do governo federal e do Ministério da Saúde. “Foz do Iguaçu não atende só Foz, atende uma região inteira”, completou.
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