Reinado Bessa, Gazeta do Povo
Saia-justa federal 1 – Por pouco o ministro do Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio, Mauro Borges, não levou uma vaia na solenidade em comemoração aos 70 anos da Fiep, na noite de segunda-feira. Chamado à tribuna, Borges deu início a um longo discurso em que fez uma apaixonada defesa do governo federal, sempre se referindo a Dilma Rousseff como “presidenta”.
Saia-justa federal 2 – No meio da fala, ouviu-se um burburinho na plateia, formada por industriais, empresários e demais convidados, até que alguém gritou: “Chega” e “Fora, PT”. O ministro percebeu a saia-justa e logo em seguida encerrou o pronunciamento. Ao voltar para seu lugar à mesa, foi cumprimentado por todos, menos pelo senador Roberto Requião, que, distraído, olhava para a plateia e não lhe estendeu a mão. Além de Borges e Requião, compunham a mesa os senadores Alvaro Dias e Gleisi Hoffmann, os presidentes da Confederação Nacional da Indústria,Robson Andrade, e da Fiep, Edson Campagnolo, o vice-governador Flávio Arns e o prefeito Gustavo Fruet.
Saia-justa federal 3 – Mas o discurso mais contundente foi o de Campagnolo, anfitrião do evento. Começou dizendo que a indústria paranaense e brasileira passa por grandes dificuldades. Em seguida, sacou um exemplar da Constituição Federal e disse que ela vem sendo “poluída” e “desrespeitada há muitos anos com promessas que não estão sendo cumpridas”. E distribuiu fartas críticas aos três poderes, federais e estaduais, especialmente à Justiça do Trabalho. Foi intensamente aplaudido e, depois, cumprimentado no coquetel servido aos convidados.
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