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Chefe? Que nada! Para as empresas, o que importa agora é ter líder

Por muito tempo, as empresas tinham chefe – o “cabeça” da equipe – e funcionários, que recebiam e acatavam ordens. A gestão estava baseada em dois aspectos: o objetivo dos subordinados de receber recompensas pelo bom desempenho e o receio da punição pelas falhas no trabalho.

O acesso à informação em larga escala, através da Internet, e a democratização do conhecimento, com a popularização do ensino universitário e o crescimento das mídias impressa, radiofônica e televisiva, essa situação mudou radicalmente.

As empresas estão descartando essa forma de comando, exercida a partir de emoções negativas, como o medo ou interesses individuais que não estão em harmonia com os objetivos da organização.

“As pessoas despertaram para a real importância que têm para a empresa. O obedecer cegamente não existe mais e a figura do chefe autoritário perdeu o sentido. A informação fez surgir a figura do líder, que tem importância crescente em qualquer empresa”, explica o consultor em desenvolvimento organizacional Sérgio Naguel.

O líder, ao contrário do que muitos imaginam, não é necessariamente quem comanda. Os gestores, a quem a empresa dá a função de coordenar, nem sempre são líderes.

“Liderança não é um cargo. O líder simplesmente é aceito e seguido, por sua capacidade de conduzir os demais e de conquistar admiração e respeito dos outros colaboradores”, diz o consultor.

O papel do líder é hoje decisivo para o sucesso de uma organização, porque vai além do que qualquer gestor pode alcançar com metas de produtividade, controle de desempenho dos colaboradores, ou qualquer sistema de punição e gratificação.

Segundo Naguel, a empresa produtiva é aquela que tem como característica o bom uso de seus recursos. O mais importante deles, o tempo, só é bem gerido com a atuação dos líderes. “Grupos bem liderados, motivados, trabalham com menos burocracia, menos custo e menos erros. Gestores podem ter a obediência e alcançar um status de autoridade na empresa, mas não conquistam a boa vontade dos colaboradores. Isso só o líder faz”, analisa Naguel.

O consultor explica que, mesmo com a imposição de metas, a gestão do tempo depende do comprometimento do colaborador. “O chefe manda fazer, o funcionário faz, se conseguir. O líder não manda, ele inspira, provoca, entusiasma. O colaborador bem liderado otimiza o seu tempo para fazer cada vez mais e melhor, porque trabalha para si mesmo, em sintonia com a empresa”, diz.

Segundo Sérgio Naguel, a informação provocou também uma mudança de visão sobre o significado do trabalho para as pessoas. Hoje os profissionais sabem que não trabalham “para a empresa” ou “para o chefe”.

Eles também querem crescer profissionalmente. “As pessoas têm os seus próprios desejos. O que é bom para elas, também pode ser excelente para a empresa. O líder identifica isso e permite que o colaborador desenvolva seus próprios objetivos, crescento junto com a equipe e a organização”, explica.

E, de acordo com o consultor, aí está a real motivação. “A pessoa que se dá conta de que pode, na empresa, realizar suas próprias metas profissionais econtra um motivo forte para fazer bem feito e trabalha com boa vontade e comprometimento”, conclui Naguel.

O consultor, que desenvolve lideranças a partir do uso inteligente das emoções, defende a afetividade como forma de conduzir equipes a partir da influência do líder. Para ele, a capacidade de liderança pode ser desenvolvida em gestores e coordenadores dentro das empresas.

“O líder de sucesso é admirado, tem bom caráter, conhecimento e sabe usar a informação. Ele tem o respeito dos colegas e conquista a boa vontade de cada integrante do grupo. Para as empresas, encontrar líderes natos é um desafio muito grande. O melhor é desenvolver os seus próprios líderes. Isso é perfeitamente possível, com treinamentos voltados ao domínio e uso das emoções de forma eficaz”, diz o consultor.

Serviço:

Palestra “Liderando pela afetividade”, com o consultor em desenvolvimento humano e organizacional, Sérgio Naguel.

Quando? Dia 29 de abril, às 14 horas.

Onde? Caravelle Palace Hotel, na rua Cruz Machado, 282.

Mais informações, no site www.palestraemroda.com.br