De Roseli Abrão:
A Comissão Especial de Investigação, criada na Assembléia Legislativa para investigar o contrato firmado no governo de Roberto Requião para serviços de reprografia – e que já ganhou o apelido de “CEI do xerox” – não pode ser uma “caça às bruxas”.
A afirmação é do líder da bancada do PMDB, deputado Caito Quintana, que afirmou que as relações (da bancada) com o governo Beto Richa podem ficar comprometidas dependendo do rumo que tomar a investigação.
O PMDB, segundo Caito, não é contra a investigação. Mas é preciso “levantar o fato real”.
— Se jogar ao governo anterior uma culpa que ele não tem as relações podem ficar abaladas, disse.
A CEI, protocolada pelo deputado Fernando Scanavaca, do PDT, propõe investigar o contrato vigente entre 2.003 e 2.010, mas, segundo Caito, é preciso investigar também os primeiros noves primeiros meses do governo Beto Richa, já que este contrato foi prorrogado.
Caito lembrou que no final do governo Pessuti estava sendo aberta uma nova licitação para a contratação deste serviço, mas a pedido da comissão de transição, que na Assembleia era liderada pelo líder do governo, o tucano Ademar Traiano, ela foi suspensa.
No inicio de seu governo, Richa prorrogou o contrato assinado no governo Requião.
O melhor preço
O líder do PMDB, Caito Quintana, que foi chefe da Casa Civil do governo Requião, assegurou que o contrato assinado em 2.007 e que foi prorrogado pelo governador Beto Richa, “era o melhor preço”.
— Não há o que se discutir sobre a legalidade do contrato, disse Caito, que defendeu que a investigação que tipo de serviços foram prestados e qual o alcance da licitação feita agora pelo governo do Estado.
Sem problemas
O deputado Fernando Scanavacca, que vai presidir a CEI, assegurou aos jornalistas que não vê “nenhum problema” em estender a investigação para este inicio de governo Beto Richa.
— Podemos pedir os documentos, disse.
A CEI teve o apoio de 19 deputados.
Da bancada do PMDB, apenas Stephanes Júnior assinou o requerimento.