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CCJ aprova saída das Operações de Pequeno Valor do ajuste fiscal

Assembleia Legislativa: CCJ aprova saída das OPVs do ajuste fiscal

Gazeta do Iguaçu

Claudia Pereira apresentou voto em separado obrigando a criação de um projeto de lei independente do ajuste fiscal. A matéria que trata das Obrigações de Pequeno Valor (OVPs) vai tramitar em separado do projeto de lei 212/2015, do chamado “ajuste fiscal” enviado pelo Poder Executivo para a Assembleia Legislativa. O desmembramento do artigo 36 da proposta, é resultado de um voto em separado apresentado pela deputada Claudia Pereira (PSC) e aprovado pela maioria dos membros da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), em sessão extraordinária na quarta-feira (8).

“A experiência recente mostrou que o trâmite conjunto de vários temas em um só projeto, acaba tirando a possibilidade de uma análise mais profunda de cada matéria”, justificou Claudia. A deputada se referia a primeira versão do ajuste fiscal proposto pelo Executivo, para votação em regime de comissão geral, e que motivou as manifestações dos professores e servidores da educação.

“Agora, tramitando em separado, teremos condições de entender melhor as OPVs, antes de aprovarmos a nova lei”, concluiu Claudia. Com o desmembramento, os dispositivos referentes ao tema serão transformados em um novo projeto de lei, que voltará para análise da CCJ. O texto da matéria havia sido contestado pela OAB/Paraná.

O órgão considera de pequeno valor para fins do disposto nos parágrafos 3º e 4º do artigo 100 da Constituição Federal, na redação dada pela Emenda Constitucional nº 62, de 9 de dezembro de 2009, a obrigação de pagar quantia certa decorrente de decisão judicial transitada em julgado que tenha condenado a Fazenda Pública Estadual em processo cujo valor total atualizado, englobando crédito principal, custas e despesas processuais, seja igual ou inferior a R$ 12 mil.

Panorama

O projeto de ajuste fiscal, que chegou a CCJ na última semana, teve o trâmite interrompido em função de requerimento assinado por nove membros propondo o desmembramento dos vários temas abrangidos pelo texto original, com o objetivo de normatizar política de ajuste fiscal pretendida pelo Governo do Estado. Visando sanar dúvidas, a Secretaria de Estado da Fazenda e o próprio secretário, Mauro Ricardo Costa, compareceram à Assembleia para explicar a proposta aos parlamentares.

O voto em separado de Claudia foi possível graças a um acordo com a Liderança do Governo e os signatários do requerimento, em favor da exclusão do artigo 36 e sua transformação em um projeto independente. A proposta da deputada iguaçuense acabou acatada pela maioria dos membros da CCJ. Com a aprovação da constitucionalidade, o projeto do Executivo segue agora para as demais comissões e poderá ir à votação no Plenário na próxima semana.

Emendas ao CADIN

Das três emendas de plenário apresentadas ao projeto de lei nº 134/2015, do Poder Executivo, propondo a criação do Cadastro Informativo Estadual – CADIN, duas foram aprovadas, a nº 2 e a nº 3, e uma, a nº 1, foi rejeitada, sob o argumento de inconstitucionalidade, por confrontar a Lei de Licitações (Lei nº 8.666/93). As duas emendas aprovadas (nº 2 e nº 3) fazem apenas adequações do texto, segundo a melhor técnica legislativa.

Foto: Sandro Nascimento/Alep – Claudia Pereira apresentou voto em separado para desmembrar projeto que trata das Obrigações de Pequeno Valor (OVPs)

Assembleia Legislativa: CCJ aprova saída das OPVs do ajuste fiscal

Investimento do FDU nos municípios está garantido

Três emendas apresentadas pelo deputado Luiz Claudio Romanelli (PMDB) ao projeto de lei nº 212/2015, de autoria do Poder Executivo, dispondo sobre a criação do Programa de Parcelamento Incentivado (PPI), do Programa Incentivado de Parcelamento de Débitos (PPD) e da Cessão de Direitos Creditórios, irão garantir que os recursos do Fundo de Desenvolvimento Urbano sejam aplicados exclusivamente em obras nos municípios paranaenses.

“Foi uma negociação que tivemos a partir do pedido de diversos prefeitos e deputados para que ficassem garantidas obras e melhorias em todas as regiões do Paraná”, disse o líder do Governo na Assembleia Legislativa.

De iniciativa do governador Beto Richa, o projeto nº 212 flexibilizava, em seu texto original, a utilização dos recursos dos Fundos do Executivo por parte da administração estadual, incluindo o Fundo de Desenvolvimento Urbano, vinculado à Secretaria de Desenvolvimento Urbano (Sedu). Com as emendas, o FDU fica excluído deste dispositivo.

Romanelli garantiu que o caixa da Secretaria de Desenvolvimento Urbano será reforçado em breve, fortalecendo o desenvolvimento das cidades paranaenses. “As obras no estado serão reforçadas por iniciativas em análise, para potencializar os investimentos da Sedu. O próprio pacote de ajuste fiscal e de eficiência nos gastos por parte do governo também vai colaborar para isto ainda em 2015”, pontuou.