Por Mário Coelho, no Congresso em Foco:
A votação em plenário do pedido de cassação da deputada Jaqueline Roriz (PMN-DF) só deve acontecer no segundo semestre.
Somente ontem (28) a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) recebeu o recurso apresentado pela deputada contra a decisão do Conselho de Ética da Câmara de recomendar sua cassação por quebra de decoro.
Ela é acusada de ter recebido dinheiro de propina das mãos de Durval Barbosa, pivô do escândalo conhecido como mensalão de Brasília, comandado pelo ex-governador do Distrito Federal José Roberto Arruda.
Os deputados e senadores entrarão em recesso a partir do dia 18 de julho, a não ser que haja um pouco provável atraso na votação da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO). O que dificulta a apreciação do projeto de resolução pedindo a cassação de Jaqueline antes do recesso são os prazos.
A CCJ tem cinco dias úteis, contados a partir de hoje, para “tomar providências” quanto ao recurso. Em teoria, o prazo termina na próxima terça-feira (5). Porém, deputados acreditam que esse período será prorrogado. Isso porque o relator do recurso só receberá o material na quinta-feira, dia em que os deputados voltam para os estados. Ele, que ainda nem foi escolhido, em teoria não teria tempo para trabalhar.
O presidente da CCJ, João Paulo Cunha (PT-SP), afirmou ao Congresso em Foco que deve indicar o relator do recurso até o início da tarde desta quarta-feira (29). Apresentada em 15 de junho na comissão, a contestação da defesa de Jaqueline foi à Mesa Diretora para numeração.
Na última quarta-feira (22), ele foi numerado e publicado no Diário da Câmara. Por conta do feriado de Corpus Christi, só voltou à CCJ na tarde de ontem, por volta das 16h.
Que grande palhaçada. Essa mulher vem de uma linhagem de corruptos de primeira grandeza.
Foi flagrada em todo tipo de ilícito, provado, comprovado e ainda tem que esperar o segundo semestre para caçá-la.
Só aqui no Brasil mesmo. Em qualquer país do primeiro mundo e ela estaria mofando na cadeia há algum tempo. Se fosso na China então, onde mesmo ela estaria?