Em Foz do Iguaçu mais uma vez a tentativa de cassação do prefeito Paulo Mac Donald (PDT) acabou em pizza com guaraná de pimenta.
O pedido de cassação havia sido protocolado no final de 2010 pelo presidente municipal e líder do PMDB Sérgio Beltrame.
A comissão composta também pelos peemedebistas Valdir de Souza, o Maninho e Hermógenes de Oliveira, contou ainda com o sindicalista Zé Carlos (PMN).
O documento justificando tal pedido ao Setor Jurídico da Casa era a cópia do julgamento do processo que tem como objetivo denunciar o prefeito, referente ao repasse do duodécimo da Câmara em valor inferior ao estabelecido pela legislação.
Também foi anexado ao pedido cópia do julgamento de Mac Donald, referente aos contratos prorrogados, sem licitações das empresas do transporte coletivo urbano do município.
Ambos os processos foram arquivados, livrando o mandato do prefeito de mais duas denúncias.
Os vereadores da oposição usaram a palavra para falar sobre suas indignações.
Sérgio Beltrame deixou claro sua insatisfação com o legislativo, que no caso deveria estar preocupado com as acusações e mais, deveria agir de forma rápida aos processos.
Ele finalizou informando estar com “vergonha” de legislar sob o comando da atual Mesa Diretora da Casa de Leis.
O vereador Maninho também usou seu tempo e fez das palavras de Beltrame, suas também.
Maninho ainda lembrou que o prazo das denúncias só não entrou em vigor por algum motivo do qual nem mesmo o próprio presidente Edilio DalAgnol (PSB) teria conhecimento.
E justificou que o pedido de arquivamento só foi solicitado para que os processos tivessem continuidade após as eleições da nova Mesa, em novembro de 2010.
Já o vereador Zé Carlos criticou o presidente Edilio pela ausência da imprensa durante a sessão, uma vez que o debate, segundo ele, era um dos mais importantes da Casa neste início de ano.
“Sem a imprensa a população fica sem o direito de acompanhar os fatos”, disparou.
O presidente explicou, culpando a mudança da chefia de imprensa.
Hermógenes de Oliveira não se contentou e no seu direito disse ao presidente, que a empresa solicitada tem o dever de filmar não só essa, mas todas as sessões, e deixou claro que acompanha os procedimentos tomados pela ausência da TV Câmara, já que a mesma tem contrato e não cumpriu.
“Portanto, deverá ser punida”, afirmou o vereador, colocando o presidente numa verdadeira saia-justa.
Se a empresa solicitante foi mesmo infiel ao contrato deverá sim ser punida. Mas, se a empresa justificar sua ausência dizendo que foi indicado não gravar, a casa precisa cair.
Foz do Iguaçu segue a linha de ‘pão e circo’ definitivamente.
A Câmara trabalhando lado a lado com a Prefeitura torna desnecessário o trabalho do legislativo, uma vez que o poder foi criado para fiscalizar os atos Executivo.
Em artigos passados relembrei algumas CI´s abertas na Casa de Lei, algumas também contra o prefeito, que com a mudança da Mesa Diretora, não poderiam ser esquecido.
Mas, foram infelizmente.
O que antes era impossível de achar, hoje esta difícil de derrubar do poder.
Paulo Mac Donald é totalmente ausente na cidade, e quando aparece vem com o seu famoso slogan ‘Foz é melhor que Miami’.
Em seu twitter se for somar, são mais de 100 mil casas feitas e entregues a população.
Na pratica, não é bem assim. O céu dele é rosa, o nosso sem cor.
O prefeito tem dois sonhos, a população tem um.
O prefeito sonha com a sua cidade, e a nossa cidade.
E a população sonha que um dia terá uma cidade.
De Bin Laden á Kadafi.
Assim fica Foz do Iguaçu
Yan Ygor Kramer de Jesus (Yan Califa) é músico e estudante de Jornalismo em Foz do Iguaçu e escreve todas as semanas para o Boca Maldita.