A ministra Cármen Lúcia, presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), disse nesta quinta (19) que ainda não estudou que será feito com os processos da Operação Lava Jato depois da morte do ministro Teori Zavascki, 68, na queda de um avião bimotor no mar em Paraty (RJ). Ele era o relator do caso.
“Por enquanto a minha dor é humana, como tenho certeza que é a dor de todo brasileiro por perder um juiz como este”, disse a ministra na porta de seu gabinete no Supremo.
Amiga de Teori, Cármen Lúcia telefonou durante a tarde para os filhos do ministro. Eles lhe disseram que queriam que o corpo do pai fosse levado direto a Porto Alegre, onde vive a família, ao invés de levá-lo a Brasília.
A ministra afirmou que vai ao velório na capital gaúcha, mas que a cerimônia ainda não está marcada.
“Vou a Porto Alegre. [O velório] vai ser em Porto Alegre a pedido da família. E, por decisão da família que, evidentemente, não seria diferente, o Supremo acata [o pedido]. E não só acata como dá todo o suporte que for necessário. O diretor-geral do Supremo [Eduardo Toledo] já está no Rio exatamente para acompanhar, adotar os procedimentos necessários para que a família não precise ter também um estresse a mais desses procedimentos burocráticos que são necessários. O Supremo está ao lado da família. Acho que o Judiciário brasileiro está enlutado. Acho que a sociedade brasileira hoje tem um luto a cumprir”, disse ela.
Cármen Lúcia disse não ter conversado com o presidente Michel Temer. “O Supremo se ressente e vai se ressentir sempre da perda de um juiz como este. Esperamos agora que o desenlace dos acontecimentos siga de maneira bem humana”, disse a ministra.
No começo da noite, a assessoria de Cármen Lúcia divulgou nota na qual ela se diz “consternada” com a morte de Teori.
(foto: Fernando Frazão/Agencia de Notícias)
Deixe um comentário