Os esperançosos da democracia acreditam que os debates do segundo turno vão clarear o quadro político paranaense e mostrar, em nudez cívica, quem é Roberto Requião (PMDB) e quem é Osmar Dias (PDT).
No primeiro turno tivemos muitos candidatos, o que prejudicou a percepção da população sobre as forças
Osmar Dias, no primeiro turno, desafiou Requião para o debate. Olho no olho, dizia o herói da turma de estibordo. Agora, o moço terá de cumprir o desafio de uma série de debates no rádio e na tevê.
Debate é o campo de jogo onde Requião se sente
De Requião todos sabem a biografia, os feitos e os defeitos.
É um homem de esquerda que defende um programa social-democrata e nacionalista. Tem fé inabalável no papel do estado para equilibrar a disputa de classes a favor dos humilhados e dos ofendidos.
Não dissimula suas opiniões e costuma contrariar todos os hábitos da política tradicional. Não muda de partido e não muda de discurso porque não muda seus princípios.
Nisso é radical.
A grande curiosidade agora é sobre Osmar Dias. Até aqui, o senador foi coadjuvante e pela primeira vez é alçado a condição de um dos papéis centrais da política paranaense como candidato a governador.
Esta é primeira oportunidade para Osmar Dias mostrar sua capacidade no confronto direto. Em debates menos engessados, sem regras excessivas que impedem a exposição e a denúncia.
Tem muita gente desaconselhando Osmar Dias ao debate. Mas numa largada rigorosamente empatada, como ele poderia fugir? Osmar Dias vai, contrariando a sua turma. Uma coisa é certa: a nitidez ideológica, o rigor moral, a limpidez nos propósitos e nas ações não agradam a maioria dos políticos nativos. Ela gosta é da geléia geral. Fábio Campana, no Estadinho
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