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Capacete de oxigênio desenvolvido pela UEM auxilia no tratamento da Covid-19

Capacete de oxigenação- Foto: Divulgação UEM

Pesquisadores da Universidade Estadual de Maringá (UEM) desenvolveram, no ano passado, um protótipo de capacete de oxigenação que atualmente tem demonstrado excelentes resultados, ao contribuir para recuperação de pacientes com quadros de insuficiência respiratória de média gravidade.

O equipamento foi desenvolvido pelos professores Gustavo Dias, Luiz Cótica e Ivair Santos, do Grupo de Desenvolvimento e Inovação em Dispositivos Multifuncionais, vinculado ao Departamento de Física, e por Edson Arpini Miguel, professor do Departamento de Medicina. 

“Estes tipos de capacetes têm sido recomendados em muitas diretrizes como um suporte respiratório não invasivo durante a pandemia em diversos países ao redor do mundo. Entre todos os dispositivos não invasivos ele é o que proporciona uma menor quantidade de dispersão de partículas e contaminação do ar, e pode reduzir a falta de leitos de UTI durante o pico de Covid-19, bem como uma menor necessidade de intubação e ventilação mecânica”, explica Arpini. 

Mais de 100 capacetes já foram produzidos e estão sendo distribuídos gratuitamente para várias cidades do Paraná. Somente no Hospital Universitário Regional de Maringá (HUM) cerca de 120 pacientes já usaram o equipamento, destes 60% não precisaram ser intubados.

A Associação dos Amigos do Hospital Universitário (AAHU) está financiando a confecção desses capacetes por meio das doações que recebe, desta forma os  aparelhos são fabricados por um valor inferior aos disponíveis no mercado. Além de Maringá, vários municípios solicitaram o equipamento.

Vantagens- “Entre as vantagens confirmadas com o uso do equipamento estão a manutenção dos níveis de saturação de oxigênio; sustentação de níveis de pressão dentro do dispositivo; os pacientes podem ser colocados em posição prona (de bruços) com segurança; maior conforto aos pacientes e comunicação com a equipe, podendo utilizar de dietas líquidas durante o uso”, explica Suzane Amanda Turchetti Kinoshita, fisioterapeuta do HUM.

Além de contribuir na recuperação nos casos de isolamento de coorte (separação de doentes da Covid-19 numa mesma enfermaria ou área), reduz os gastos na saúde e, eventualmente, diminui o tempo de internação.