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Canteiro de obras da Unila figura entre os 10 maiores do país

A construção do campus da Universidade Federal da Integração Latino-Americana (UNILA), no norte da cidade de Foz do Iguaçu, representa a segunda maior obra da história da região – atrás apenas da Usina Elétrica de Itaipu.

Além disso, figura entre os 10 maiores canteiros de obras no momento no país. As obras desta primeira etapa já reúnem 450 funcionários diretos, trabalhando em diversas frentes, e há a expectativa de que seja local de trabalho para 1100 pessoas no auge da construção.

O consórcio formado pelas empresas Mendes Júnior e Schahin tem pela frente o objetivo de solidificar os traços harmônicos e inconfundíveis do arquiteto brasileiro Oscar Niemeyer, que assina a criação dos projetos arquitetônicos.Futuro símbolo para a cidade, o campus alia a estética moderna e ousada de Niemeyer a conceitos contemporâneos utilizados na projeção de espaços, como praticidade, comodidade e sustentabilidade. Tudo isso sem esquecer características que marcam a própria UNILA, como a integração, a universalidade e a interdisciplinariedade.

Praticidade e integração – O lado prático pode ser observado no planejamento de cada estrutura a partir de prédios próprios, com a centralização de atividades comuns. Por exemplo, não serão formados blocos de salas de aula e não haverá a divisão das salas em áreas científicas, como acontece em muitas outras universidades federais.

Para a instrução, haverá apenas um prédio destinado às salas de aula e outro destinado aos laboratórios. Assim, todos os estudantes e professores da UNILA irão transitar nos mesmos espaços físicos, o que estimula a interação e a integração entre todos.

O prédio contará com três andares e andar térreo. Serão 105 salas de aula, suficiente para abrigar os 10 mil alunos previstos. Além de escadas, haverá rampas de acesso para cadeirantes, piso tátil e demais estruturas de promoção de acessibilidade, como banheiros especiais.

Este prédio está em fase de construção das fundações, com a concretagem das chamadas “sapatas”, que darão a sustentação ao edifício. A parte estrutural ficará pronta ao final desta primeira etapa, mas apenas 50% das salas de aula receberão benefícios de acabamentos arquitetônicos e as instalações para uso regular.

O Edifício Central irá concentrar as atividades de reitoria e os servidores da universidade, estimados em 670 até 2015. Os professores também terão abrigo neste espaço. A previsão é de que sejam 570 até 2015.

A construção deste prédio deve ser o maior desafio da obra. Sustentado a partir de estrutura que não está calcada ao chão em parte da extensão, o prédio terá 23 andares e 111 metros de altura. Segundo o engenheiro civil Cleofas Berwanger, da UNILA, a vista do topo promete ser incrível, já que será mais alto que a própria Barragem de Itaipu.

Seis elevadores permitirão o trânsito interno entre os setores.Apenas para a fundação são estimados 173 caminhões de concreto, ou 1.380 metros cúbicos. Somente na sapata principal foram 48 caminhões. Cerca de 70 toneladas de gelo foram utilizadas para resfriamento do concreto, evitando a abertura de fissuras no mesmo.

“Há uma série de desafios a serem vencidos na construção deste prédio, o que vem sendo reconhecido por diversos especialistas. Com certeza, uma obra ousada e que exige muita fiscalização e controle”, relata Berwanger.

Toda a estrutura será erguida, mas os acabamentos serão realizados apenas do primeiro ao nono andar e no último, nesta primeira etapa. O restante será incluído em outra licitação. A primeira etapa abarca, ainda, a construção do restaurante universitário, que contará com dois andares e área para cozinha industrial própria.

Comodidade e facilidadeUma maior comodidade à comunidade acadêmica será permitida com a construção de passarelas e marquises cobertas, oferecendo sombra a quem precisar transitar pela UNILA. Elas farão a conexão entre os prédios e terão instalados equipamentos de acessibilidade.

Ao redor, espelhos de água, uma marca de Niemeyer, e vegetação arbustiva. Nesta primeira etapa, será construído apenas o piso que traçará o caminho das passarelas, mas não será coberto. Galerias subterrâneas farão a ligação entre os prédios do campus e concentrarão as instalações, cabos e tubos eletromecânicos, sendo que toda manutenção e gerenciamento de atividades será feito a partir da Central de Utilidades, que também ficará enterrada.

Esta construção, além de algumas galerias, serão executadas neste momento – salvo algumas galerias. “A construção deste Centro de Utilidades deixa a obra aparentemente mais lenta, mas sua implantação irá reduzir custos e aumentar a eficiência da manutenção dos serviços da Universidade”, explica o engenheiro Ademar Sérgio Fiorini, da Superintendência de Implantação do Campus (UNILA).

Andamento – Devido às chuvas de setembro e outubro do ano passado, o cronograma da obra encontra-se com certo atraso. “Estamos fechando uma análise até as próximas semanas para verificação exata do atraso e revisão do cronograma”, salienta Fiorini. Todas as estruturas estão em fase de fundação, com construção de sapatas e concretagem em todas edificações. Todo o terreno, mesmo as áreas que não terão estruturas erguidas neste momento, deve ser terraplanado.

Na semana passada, teve início de concretagem a primeira laje do Edifício Central, processo que será concluído na próxima semana. A Superintendência de Implantação do Campus dá conta de que 43% da terraplanagem já foi feita. A previsão é de que uma nova licitação para construção da biblioteca seja feita entre o final deste ano e o primeiro semestre de 2013.

Fonte: Assessoria Unila