Canetadas imperam no trânsito de Curitiba, diz Moraes

O deputado Mauro Moraes (PMDB) reclamou veementemente contra a cobrança indiscriminada de multas pelos agentes responsáveis, espalhados na cidade. Segundo o parlamentar, com o aumento de sinalizações advertindo sobre os radares, as canetadas viraram moda. O maior número de infrações diz respeito a falta de uso do cinto de segurança e ao uso do telefone celular.”O problema é que não existe possibilidade de defesa destas multas, através de recursos e “o cidadão acaba à mercê das canetadas”.

Outro detalhe que preocupa o deputado é o fato de que muitos dos radares continuam em locais escondidos, atuando como armadilhas e não com a função a que são destinados, que é a de orientar e prevenir acidentes. Moraes, que acredita ter grande representação na Capital (foi o mais votado), entende que os radares devem ser retirados, uma vez que não cumprem a função para a qual estão destinados.

O problema das canetadas, na opinião do deputado é que “não há defesa possível contra as multas infringidas, uma vez que não há como provar que, por exemplo, nos dias ou horas e ainda locais assinalados nos avisos recebidos, o cidadão estava usando regularmente o cinto e não estava usando o celular”, criticou Moraes.

Na opinião do parlamentar, os motoristas estão sendo assaltados por canetadas indiscriminadas, cujos resultados não aparecem na melhoria do trânsito, pesando apenas no bolso dos contribuintes. O parlamentar vai além: “Acredito que a infração maior deve ser os pontos perdidos na carteira de habilitação, enquanto as multas deveriam ser simbólicas, entre 30 e 50 reais”, argumentou.

Dezenas de pessoas têm procurado o gabinete do deputado para pedir solução para esta invasão de multas que não aceitam recursos, ficando a palavra do proprietário do veículo contra a canetada. “Precisamos educar e não multar. Em minha opinião, estas multas são causadas pela ganância dos órgãos arrecadadores”.